Hoje na Economia – 18/02/2022

Hoje na Economia – 18/02/2022

Os ativos de riscos em geral ensaiam uma recuperação nesta sexta-feira, após as perdas de ontem. A possibilidade de a Rússia e EUA retomarem às negociações, no início da próxima semana, buscando uma solução diplomática para o conflito entre a Rússia e Ucrânia, melhora o sentimento dos investidores. Os ativos considerados porto seguro, como ouro e bonds, recuam.

Nesta sexta-feira, os mercados da Ásia atuaram monitorando os riscos das tensões entre os dois países, que derrubaram as bolsas de Wall Street no dia de ontem. As bolsas locais fecharam sem direção única. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, operou com fortes quedas ao longo do dia, mas recuperou-se quando sugiram notícias sobre a retomada das negociações entre Rússia e EUA. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,4%. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,41% em Tóquio, enquanto o Hang Seng perdeu 1,88% em Hong Kong. Em Taiwan, o Taiex recuou 0,20%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,66%, impulsionado por ações do setor financeiro. O sul-coreano Kospi fechou perto da estabilidade (+0,02%) em Seul.

A expectativa de retomada das negociações entre americanos e russos, buscando uma solução que evite um conflito armado, levou os investidores a saírem dos ativos considerados porto seguro. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu um ponto base para 1,99% ao ano, o ouro voltou para baixo de US$ 1.900/onça, o iene caiu e o dólar ficou estável. O euro se aprecia 0,10%, no momento, cotado a US$ 1,1372/€, enquanto a libra vale US$ 1,3629/£, valorizando 0,08%; o iene deprecia 0,19%, a 115,15 ¥/US$. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta sugerindo que os mercados à vista poderão mostrar um movimento de recuperação diante das fortes perdas de ontem. O futuro do Dow Jones sobe 0,49%; S&P 500 avança 0,36%; Nasdaq valoriza 0,35%. Além de manterem um olho no cenário geopolítico, os investidores vão acompanhar dados sobre a confiança do consumidor e comentários de dirigentes do Fed (Charles Evans, do Fed de Chicago, discursa as 12h45).

Na Europa, um otimismo cauteloso cerca as negociações nos mercados acionários da região, de olho nas questões geopolíticas, mas também acompanhando a divulgação de balanços corporativos que devem mexer com as bolsas. Entre os resultados que serão conhecidos destaque para Hermes; Allianz e Renault. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,26%. Em Londres, onde dados do varejo britânico vieram abaixo do esperado pelos analistas (subiram 1,9% em janeiro ante dezembro; previsão 2%) o índice FTSE100 sobe 0,24%. Em Paris e Frankfurt, o CAC40 e o DAX avançam 0,60% e 0,14%, respectivamente.

As cotações do petróleo operam em baixa, nesta manhã, com investidores avaliando o potencial retorno do Irã ao mercado, diante do possível fechamento do acordo nuclear com o país. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 90,40/barril, com queda de 1,48%, nesta manhã.

A melhora do humor internacional, em um dia de maior apetite ao risco, diante da possibilidade de retomada das negociações entre a Rússia e EUA sobre a Ucrânia, deve favorecer a recuperação dos ativos brasileiros. O Ibovespa deve abrir em alta, acompanhando a sinalização dos futuros americanos, enquanto o real pode voltar a se apreciar e os juros futuros devolverem parte da alta de ontem.

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