Hoje na Economia – 24/03/2022

Hoje na Economia – 24/03/2022

Os mercados acionários da Europa e os futuros americanos começam o dia operando em alta, enquanto os Treasuries permanecem em queda. O dólar se fortalece e o petróleo realiza lucros. Investidores seguem atentos aos desdobramentos da guerra na Ucrânia, enquanto avaliam a ameaça das pressões inflacionárias sobre o crescimento econômico.

Na Ásia, prevaleceu a tendência de baixa, na sessão de hoje. O viés negativo refletiu a queda das bolsas de Nova York na quarta-feira, em vista das incertezas relacionadas à guerra russo-ucraniana e às expectativas de intensificação do aperto monetário nos EUA.O índice regional MSCI Asia Pacific registrou perda de 0,50%, nesta quinta-feira. Ações de tecnologia e telecomunicação anotaram as maiores baixas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,94%; enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,20% em Seul e o Taiex registrou baixa modesta de 0,18%. O denominador comum dessas quedas encontra-se no movimento de realização de lucros no setor de tecnologia, após as altas expressivas dos últimos pregões. Na China, o índice Xangai Composto apurou queda de 0,63%; enquanto o japonês Nikkei subiu 0,25% em Tóquio.

Na Europa, as principais bolsas operam em alta, nesta manhã. O índice pan-europeu, STOXX600, registra ganho de 0,20% no momento, impulsionado pela alta das ações de serviços de utilidades, que mais que compensam as perdas no setor de tecnologia. A leitura parcial dos índices dos gerentes de compras (PMI) para a zona do euro mostrou impactos ainda modestos da guerra na Ucrânia sobre a avaliação prospectiva dos empresários europeus. O PMI composto da zona do euro recuou de 55,5 em fevereiro para 54,5 em março, vindo acima do esperado pelos analistas, mostrando ainda bom ritmo de expansão da atividade econômica. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,31%; o CAC40 avança 0,56% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,30%.

No mercado americano, continua o movimento de venda dos Treasuries. Parte da curva de yield mostra-se invertida, indicando que aumentam os riscos de um recuo no crescimento econômico. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu cinco pontos base, situando-se em 2,34% ao ano, nesta manhã. O índice DXY do dólar opera em alta de 0,24%, situando-se em 98,85 pontos, enquanto o euro recua para US$ 1,0984/€ (-0,18%), a libra para US$ 1,3160/£ (-0,34%) e o iene continua se enfraquecendo, cotado a 121,65 ¥/US$ (-0,43%). Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, sugerindo um dia de recuperação para o mercado à vista. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,47%; S&P 500 avança 0,60%; Nasdaq valoriza 0,80%. Além dos indicadores sobre encomenda de bens duráveis pela indústria americana em fevereiro, os investidores acompanharão, também, a visita do presidente Joe Biden à Europa, onde deve discutir com os líderes europeus a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa nesta manhã, com investidores avaliando as chances de um novo acordo nuclear a ser fechado com o Irã, o que poderia aumentar a oferta da commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para maio é negociado a US$ 114,69/barril, com queda de 0,17%.

Na agenda doméstica, o destaque será a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que deve trazer as projeções para a inflação para 2022 e 2023, nos diferentes cenários elaborados pelo Banco Central. Importante notar a probabilidade atribuída ao “cenário alternativo” na ancoragem da inflação na meta de 2023. Os DIs futuros devem responder à leitura do RTI, enquanto o dólar pode voltar a se valorizar diante do real e o Ibovespa abrir em alta.

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