Hoje na Economia – 13/04/2022

Hoje na Economia – 13/04/2022

Sem perder de vista os desdobramentos da guerra na Ucrânia e as pressões inflacionárias globais, os investidores se preparam para o início da nova temporada de balanços, em dia em que a bolsas internacionais amanhecem sem mostrar um direcional definido. Os juros dos Treasuries recuam dos patamares recordes atingidos nos últimos dias, contribuindo para melhorar o apetite ao risco, nesta quarta-feira.

As bolsas da Ásia contabilizaram ganhos na sessão de hoje, estimuladas por dados positivos sobre as exportações da China e recuo dos yields dos títulos americanos. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, registrou alta de 0,9%, após ter atingido o seu menor nível desde 16 de março, na sessão de ontem. Na China, as exportações subiram 14,7% A/A em março, superando as projeções do mercado, enquanto as importações decepcionaram, mostrando queda inesperada de 0,1% A/A. As preocupações com a onda de Covid-19 em importantes cidades chinesas continuam pesando sobre o humor dos investidores asiáticos. O índice Xangai Composto fechou o pregão de hoje com queda de 1,74%; enquanto o Hang Seng avançou 0,26% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,93% em Tóquio, sustentado pela fraqueza do iene ante ao dólar. O sul-coreano Kospi teve ganho de 1,86% em Seul, enquanto o Taiex valorizou 1,83% em Taiwan.

Uma pausa no rali dos yields dos Treasuries, deixando o juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutuando em torno de 2,75% ao ano, deve favorecer a recuperação dos mercados de ações após as quedas recentes. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, sugerindo uma abertura positiva para os mercados à vista. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,58%; S&P 500 avança 0,67%; Nasdaq registra alta de 0,94%. Para hoje, está programada a divulgação do balanço do JP Morgan Chase & Co, dando início a temporada de balanços trimestrais. Será conhecido, também, a inflação ao produtor (PPI) de março, que deve registrar alta de 10,6% A/A para o índice cheio e 8,4% A/A para o seu núcleo. O dólar exibe ligeira alta em relação às principais moedas, mantendo a tendência de valorização recente, em que a persistente alta dos preços tem levado o Fed a sinalizar sua intenção de acelerar o aperto monetário. O índice DXY sobe 0,05%, no momento, à 100,35, e o dólar sobe a 126,08 ¥/US$, após ser negociado a 126,33 ¥/US$, o maior valor desde maio de 2002. O euro sobe a US$ 1,0835/€ (+0,06%) e a libra é cotada a US$ 1,3002/£ (+0,02%).

Na Europa, após uma abertura negativa, os mercados de ações da região passaram a mostrar recuperação, operando, em sua maioria, no azul. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, luta para se firmar no campo positivo, exibindo alta marginal de 0,04%, no momento. A inflação ao consumidor do Reino Unido subiu para taxa anual de 7,0% em março (6,2% em fevereiro), a mais alta em três décadas, o que deve levar a uma resposta dura do Banco da Inglaterra em sua reunião de política monetária, no próximo mês. O índice FTSE100 exibe alta de 0,19% em Londres, enquanto em Paris, o CAC40 avança 0,20% e o DAX recua 0,31% em Frankfurt.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta manhã, após operarem em queda ao longo do overnight. Avaliações da Agência Internacional de Petróleo de menor oferta da commodity nos próximos meses, em meio a continuidade da guerra na Ucrânia, dão sustentação aos preços, nesta quarta-feira. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para maio é negociado a US$ 100/barril, com alta de 0,37%.

O Ibovespa pode abrir em alta acompanhando o movimento positivo dos índices futuros das bolsas de Nova York nesta manhã, mas avaliando o impacto sobre as commodities da queda inesperada das importações chinesas em março. O IBGE divulga as vendas do comércio nacional de fevereiro, que devem ter subido 0,4% m/m para o conceito restrito e 1,1% m/m no ampliado, segundo as projeções do mercado.

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