Hoje na Economia – 24/05/2022

Hoje na Economia – 24/05/2022

Os investidores abrem os negócios, nesta terça-feira, cautelosos, aguardando eventos que devem mover os ativos ao longo do pregão. Ao longo do dia, os investidores irão acompanhar o pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, além de dados de atividade econômica (PMIs) dos EUA. Também estão previstas manifestações de membros do Banco Central Europeu (BCE), que deverão discutir os caminhos da política monetária europeia, em meio às pressões inflacionárias e riscos ao crescimento.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam em baixa, acusando as duras medidas de lockdowns adotadas em Pequim para conter o avanço do covid-19, realimentando preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo. Os investidores também avaliam os impactos de novo pacote de medidas fiscais para estimular a economia. Entre as medidas, foi anunciado o corte de impostos no valor de 140 bilhões de yuans (US$ 21 bilhões), mas que não foi suficiente para empolgar os mercados. O índice Xangai Composto caiu 2,41%, liderando as quedas na região. No Japão, o índice Nikkei recuou 0,94% em Tóquio, enquanto o Hang Seng perdeu 1,75% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve queda de 1,57% em Seul; o Taiex desvalorizou 1,19% em Taiwan. O índice regional MSCI Asia Pacific terminou o dia apurando perda de 1,1%.

Na Europa, o dia também não se mostra favorável às ações. A maioria das bolsas opera no vermelho. A atividade econômica, medida pelos índices de gerentes de compras (PMIs) da zona do euro perdeu fôlego em maio, segundo dados preliminares divulgados nesta manhã. O PMI-composto recuou de 55,8 em abril para 54,9 em maio, permanecendo em expansão, mas em menor ritmo. No mercado de ações, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,94%, no momento, com destaque para a queda de ações de tecnologia. Em Londres, o FTSE100 perde 0,33%; em Paris, o CAC40 recua 1,26% e em Frankfurt, o DAX cai 0,95%.

Desconfiados de que dificilmente os esforços dos bancos centrais para domar uma inflação elevada e persistentes conseguirão evitar uma desaceleração mais forte da economia global, os investidores buscam evitar ativos de risco. O rendimento pago pelo T-Bond de 10 anos recuou seis pontos base, para 2,79% ao ano, enquanto o dólar mostra leve recuou diante das principais moedas. O índice DXY cai 0,11%, situando-se em 101,97 pontos. Isso refletiu um recuo da divisa americana para 127,42 ienes, enquanto o euro subiu a US$ 1,0711 (+0,19%) e a libra é cotada a US$ 1,2471 (-0,77%). Os índices futuros das bolsas de Nova York operam no vermelho, nesta manhã, apontando para uma abertura negativa para o mercado à vista. Juros elevados e baixo crescimento econômico têm derrubado os papéis de empresas de tecnologia. O futuro do índice Nasdaq exibe queda de 1,77%, no momento; o Dow Jones cai 0,82%, enquanto o futuro do S&P 500 desvaloriza 1,19%.

As preocupações quanto à demanda da China por petróleo, diante do enfraquecimento da economia, derrubam as cotações da commodity, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 109,88/barril, exibindo queda de 0,39%.

No Brasil, os mercados devem abrir repercutindo mais uma substituição no comando da Petrobrás. No lugar de José Mauro Coelho, foi indicado Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar do ministro Paulo Guedes, para assumir a presidência da empresa. Através de interferência clara na governança da empresa, o governo visa impedir novos aumentos dos combustíveis. O Ibovespa deve abrir em baixa diante do evento Petrobrás, que pode respingar sobre o real, afetando também a curva de juros futuros.

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