Hoje na Economia – 30/06/2022

Hoje na Economia – 30/06/2022

Economia Internacional

Ontem os mercados globais operaram em baixa, com viés bearish e de aversão ao risco, especialmente nos EUA após a divulgação do PIB do 1º trimestre.
O PIB anualizado do 1º trimestre recuou -1,6% em sua leitura revisada, marginalmente abaixo do esperado pelo mercado (-1,5%). Surpreendeu negativamente a forte revisão baixista no componente de consumo das famílias, que saiu de alta de 3,1% para 1,8%. A frustração com consumo, em contrapartida, foi compensada pela queda menor que a esperada dos estoques. De modo geral, a contribuição da demanda interna manteve-se estável em relação ao 4º trimestre de 2021 (1,8%), o que ainda mostra um nível de atividade forte nos EUA, mas menor do que na estimativa anterior do PIB do 1º trimestre (2,8%).

Os discursos de banqueiros centrais em Sintra, entre eles Lagarde e Powell, além de outros membros do Fed, acentuaram a preocupação dos BCs com a desancoragem das expectativas de inflação, confirmando que o ciclo de aperto monetário em economias avançadas deve seguir em ritmo restritivo.

Outro vetor baixista foi a declaração do Presidente Xi Jinping ressaltando que a China planeja continuar seguindo a política de Covid Zero à risca, o que frustrou a expectativa do mercado de que a reabertura no país tivesse caráter relativamente mais persistente.

Hoje, a agenda reserva a divulgação de dados importantes. Nos EUA, espera-se que a inflação medida pelo PCE avance 0,7% M/M, e no overnight saem os PMIs de manufatura e de serviços, para os quais o mercado projeta 50,2 e 49,5, respectivamente.

Economia Nacional

Foi apresentado, ontem, o texto da PEC dos Combustíveis pelo Sen Fernando Bezerra. Os destaques foram o reconhecimento do Estado de Emergência para os gastos presentes no projeto, o detalhamento das medidas, e a definição do impacto fiscal – R$ 38,75 bilhões até o final de 2022, fora do teto de gastos.

O IGP-M de junho teve alta de 0,59%, em linha com a expectativa da SulAmérica Investimentos de 0,59% e abaixo da estimativa mediana do mercado (0,70%). O índice acumulado em 12 meses ficou em 10,70%.

O resultado primário do governo central indicou déficit de R$ 39,4 bilhões em maio, acima das expectativas de R$ 31,2 bilhões.

Hoje, o Banco Central divulga a versão completa do Relatório Trimestral de Inflação.

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