Hoje Na Economia 20/05/2019

Hoje Na Economia 20/05/2019

Edição 2257

20/05/2019

A guerra comercial entre EUA e China alimenta a aversão ao risco que toma conta dos principais mercados internacionais nesta segunda-feira.

As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com investidores de olho no conflito comercial entre americanos e chineses. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,24% em Tóquio. Após a economia apresentar o segundo trimestre consecutivo de expansão. Economistas previam uma contração do PIB no 1º trimestre, mas a forte demanda residencial e gastos do governo ajudaram a sustentar a atividade. Na China, a bolsa de Xangai fechou em queda de 0,41%, após sinais de que as negociações comerciais com os EUA estacionaram após as novas ofensivas do presidente Donald Trump contra a empresa de tecnologia Huawei. Ao mesmo tempo, o governo chinês desvalorizou o yuan frente ao dólar hoje, fixando a moeda em 6,8988 por dólar, contra 6,9138 na sexta-feira. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,57%; na Coreia do Sul, o índice Kospi ficou estável; em Taiwan, o Taiex fechou em alta de 0,14%. O índice MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,4% no pregão desta segunda-feira.

Na Europa, as bolsas operam em baixa, nesta manhã, com as ações do setor químico e de tecnologia liderando as quedas. Prevalecem temores de que o China possa retaliar os EUA após as ofensivas americanas contra a empresa de tecnologia Huawei. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,54%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,42%; o CAC40 recua 0,77% em Paris; o DAX perde 0,60% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1162 pouco acima do valor de US$ 1,1159 de sexta-feira à tarde.

No mercado americano, o quadro não é diferente, a se depreender do desempenho dos principais índices futuros de ações da bolsa de Nova York, que apontam para uma abertura fraca. O futuro do Dow Jones tem recuo discreto de 0,05%; o S&P500 opera com queda de 0,10%; Nasdaq perde 0,45%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,3997% ao ano, com alta de 0,22%, no momento. O índice DXY, que mede o comportamento do dólar ante uma cesta de divisas fortes, tem discreto recuo (-0,05%), a 97,96 pontos, sustentando alta do final de semana.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta. Investidores motivados pela reunião da Opep e aliados (Opep+) no final de semana, que sinalizaram a possibilidade de renovar o acordo de corte da produção para o segundo semestre na reunião do grupo que ocorrerá em Viena, no mês de junho. O contrato futuro para o produto tipo WTI é negociado a US$ 62,95/barril, com alta de 0,32%, nesta manhã.

Os mercados domésticos continuarão sendo dominados pelos eventos políticos. A desarticulação do governo colocando em risco a aprovação da reforma da Previdência proposta pelo ministro da economia, Paulo Guedes, empurra os investidores para defensiva. Isso reflete em ajustes nos preços dos ativos, impondo viés de baixa para a Bovespa, manutenção do dólar acima de R$ 4,00/US$ e juros futuros longos em alta.

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