Hoje na Economia 22/02/2019

Hoje na Economia 22/02/2019

Edição 2201

22/01/2019

Um otimismo cauteloso permeia os negócios nesta manhã de sexta-feira. Investidores atentos aos progressos alcançados nas discussões comerciais entre Pequim e Washington, que se sobrepõe as preocupações com a deterioração da perspectiva econômica global. Ao longo do dia, o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, deverá se encontrar com o presidente Donald Trump. O presidente americano vem dando sinais de que deseja fechar um acordo comercial com a China. Na última terça-feira, ele voltou a sugerir que poderá adiar o prazo de 1º de março para que os dois lados cheguem a um entendimento.

Na Ásia, após uma abertura negativa, bolsas reagiram impulsionadas pela expectativa positiva acerca das conversações entre chineses e americanos. O índice MSCI Asia Pacific fechou com alta marginal de 0,10%. Maior contribuição veio dos mercados chineses, onde o índice Composto subiu 1,91% em Xangai, fechando a semana com alta de 4,5%, a melhor semana em três anos. O tom positivo das bolsas chinesas também influenciou demais mercados da Ásia. O Hang Seng avançou 0,65% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi teve ganho marginal de 0,08% em Seul e o Taiex teve ligeiro ganho de 0,03% em Taiwan.

Na Europa, mercados acompanham a sinalização otimista vindo da Ásia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta moderada de 0,11%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,18%; o CAC40 avança 0,29% em Paris; em Frankfurt, o DAX ganha 0,21%. Aguardando o discurso que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, fará nesta manhã, o euro tem ligeira alta ante o dólar, sendo cotado a US$ 1,1340, +0,04%. Na zona do euro, a inflação permanece correndo bem abaixo da meta de 2% perseguida pelo BCE. A inflação ao consumidor (CPI) subiu 1,4% na comparação anual de janeiro, enquanto o núcleo do CPI avançou 1,1% na mesma base de comparação. Na Alemanha, o PIB ficou estável no 4º trimestre, subindo 0,6% na comparação com igual trimestre de 2017. Os números vieram em linha com o esperado pelos analistas. Com a estabilidade no 4º trimestre, a Alemanha evitou entrar numa recessão técnica, uma vez que o PIB alemão recuou 0,2% entre julho e setembro.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,641% (-0,40% no momento), abaixo de 2,692% de ontem à tarde. O índice DXY encontra-se estável, enquanto os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em alta. O futuro do índice Dow Jones sobe 0,37%, nesta manhã; do S&P 500 avança 0,33%; do Nasdaq ganha 0,42%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta modesta, nesta manhã, à espera do resultado das discussões comerciais entre EUA e China, que devem ser concluídas hoje. O barril do petróleo tipo WTI, para entrega em abril, é cotado a US$ 57,06, com alta de 0,19%.

Com uma agenda econômica interna esvaziada, os ativos domésticos acompanharão a evolução dos mercados internacionais, onde os resultados das conversações comerciais entre americanos e chineses ditarão o rumo dos negócios, em meio às notícias que mostram o agravamento do quadro econômico mundial.

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