Hoje na Economia 08/02/2019

Hoje na Economia 08/02/2019

Edição 2191

08/02/2019

A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados no dia de hoje diante de temores com o andamento das negociações comerciais entre EUA e China e novos sinais de desaceleração da economia global. Dúvidas sobre a capacidade de Washington e Pequim de fecharem um acordo comercial em tempo hábil surgiram depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar ontem que não se encontrará como o colega chinês, Xi Jinping, até o prazo final de 1º de março. No dia seguinte, 2 de março, a Casa Branca elevará as tarifas sobre mais de US$ 200 bilhões em produtos chineses, de 10% para 25% se os dois lados não resolverem as suas diferenças.

Bolsas na Ásia fecharam em queda. O índice MSCI Asia Pacific perdeu 1,0%, com destaque para a bolsa de Tóquio, onde o índice Nikkei encerrou o dia com baixa de 2,01%, pressionado por ações dos setores têxtil e químico. Na semana, o índice japonês acumulou perdas de 2,19%. Em Seul, o sul coreano Kospi fechou em baixa de 1,20%, enquanto em Hong Kong, cuja bolsa voltou a operar depois de três dias de feriado, o Hang Seng fechou a sessão com queda de -0,16%. Na China, mercados permaneceram fechados por conta do feriado de ano novo. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 109,78 ienes, recuando diante do valor de 109,85 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, a União Europeia fez cortes significativos em suas projeções de crescimento para a zona do euro, em especial para Alemanha e Itália. Na Inglaterra, o Banco da Inglaterra (BoE) reduziu suas previsões para a economia do Reino Unido. O índice STOXX600 opera com alta marginal de 0,05%, nesta manhã. Principais bolsas da região operam entre a estabilidade e queda: Londres 0,12%; Paris -0,10% e Frankfurt -0,02%. O euro é negociado a US$ 1,1328, recuando 0,11% diante da moeda americana.

Nos Estados Unidos, a Treasury de 10 anos recuou 0,54%, para o yield de 2,647% (2,656% na tarde de ontem). Esse movimento é explicado pela busca de porto seguro diante das preocupações com o comércio e desaceleração global, o que leva os índices futuros de ações a operarem em queda: Dow Jones futuro cai 0,34%; S&P 500 recua 0,35%; Nasdaq perde 0,52%. O dólar index sobe 0,16%, captando a valorização da moeda americana principalmente diante do euro e moedas emergentes.

Excesso de oferta e menor crescimento da economia mundial empurram os preços do petróleo para abaixo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 52,40/barril, com queda de 0,47%, nesta manhã. Demais commodities também operam no vermelho: o índice Bloomberg de Commodity registra recuo de 0,10%, no momento.

O baixo apetite por risco que se observa nos mercados internacionais deve continuar pesando sobre a bolsa brasileira, que somado à queda dos preços do petróleo, deve impedir uma reação para a Bovespa na sessão de hoje. No mercado de juros, as atenções estarão voltadas para a divulgação do IPCA de janeiro. Segundo a mediana das projeções do mercado, o índice deve mostrar inflação de 0,37% no mês, acumulando alta de 3,82% em doze meses.

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