Hoje na Economia 07/02/2019

Hoje na Economia 07/02/2019

Edição 2190

07/02/2019

A abertura dos negócios, nesta quinta-feira, aponta para um dia em que prevalecerá a aversão ao risco, deprimindo preços de ações, commodities, enquanto o dólar opera em alta firme.

Na Ásia, em meio ao feriado de ano novo lunar que mantém fechado a maioria dos mercados financeiros da região, bolsas de ações fecharam esta quinta-feira sem direção única. Investidores da região continuam atentos aos desdobramentos das negociações comerciais entre EUA e China. O Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, viajará para Pequim, na próxima semana, retomando o diálogo comercial. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,59%, pressionado por papeis de grandes empresas, cujos balanços ficaram aquém do esperado pelos analistas. O dólar subiu para 110,00 ienes de 109,92 ienes do fim da tarde de ontem. Na Coreia do Sul, na volta do feriado, o índice Kospi teve baixa marginal (-0,04%), em Seul.

Os preços das treasuries sobem, levando para baixo a remuneração desses papeis. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,47% no momento, situando-se em 2,682% ao ano. O dólar, por sua vez, começa o dia com firme alta diante das principais moedas: o índice DXY sobe 0,16%. Sem novos fatos para impulsionar o rali das bolsas, os futuros de ações de Nova York apontam para uma abertura em queda: o futuro do Dow Jones cai 0,21%; S&P 500 recua 0,27%; Nasdaq perde 0,36%. Investidor fica à espera da retomada das conversações entre americanos e chineses na próxima semana, ao mesmo tempo em que se esgota o prazo para que Congresso e Casa Branca cheguem a um acordo que mantenha o governo americano funcionando.

Na Europa, mais um fraco dado de atividade divulgado na Alemanha reforça a percepção de enfraquecimento progressivo da economia da zona do euro. A produção industrial da Alemanha sofreu uma contração de 0,4% em dezembro ante novembro, ajustado sazonalmente, frustrando as projeções do mercado que previam alta de 0,8% na produção. O euro ampliou perdas após a divulgação do dado, recuando para US$ 1,1352 de US$ 1,1370 no fim da tarde de ontem. No mercado de ações, a maioria das bolsas opera no vermelho; O índice STOXX600 recua 0,31%; em Londres, o FTSE100 tem queda discreta (-0,04%); o CAC40 cai 0,30% em Paris; em Frankfurt, o DAX perde 0,64%.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity Bloomberg registra queda de 0,30%, nesta manhã. O contrato futuro de petróleo tipo WTI para março recua 0,56%, sendo cotado a US$ 53,71/barril.

O Copom manteve a taxa Selic em 6,50%, sinalizando que deverá permanecer nesse patamar pelos próximos meses. A decisão, embora esperada pela maioria dos participantes do mercado, deve promover algum ajuste no ramo curto da curva de juros futuros, desfazendo apostas em um comunicado mais dovish. A Bovespa deve abrir em queda, refletindo as questões negativas envolvendo a Vale, as indefinições em torno da reforma da Previdência, como também influenciada pelo mau humor que prevalece nos mercados internacionais no dia de hoje.

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