Hoje na Economia 16/10/2018

Hoje na Economia 16/10/2018

Edição 2118

16/10/2018

A maioria das bolsas de ações globais opera em alta moderada, sem direcional claro, nesta terça-feira. Permanecem as preocupações com as tensões comerciais, geopolíticas e com o crescimento mundial, enquanto os investidores aguardam pela nova temporada de balanços.

As bolsas asiáticas fecharam sem um denominador comum. O índice benchmark da região, MSCI Asia Pacific, fechou com alta de 0,5%, após um pregão volátil e de baixo volume. As bolsas da China foram os destaques de baixa, na região. O índice Xangai Composto recuou 0,85%, para o menor patamar desde outubro de 2014. Os dados econômicos divulgados na madrugada mostraram que a taxa anual da inflação ao consumidor ganhou força, subindo para 2,5% em setembro de 2,3% registrado em agosto, atingindo o maior nível em sete meses. A taxa anual da inflação ao produtor, por sua vez, seguiu perdendo força: recuou de 4,1% em agosto para 3,6% em setembro. Em Tóquio, o índice Nikkei apresentou ganhos mais robustos principalmente na última hora de negócios, encerrando o dia com alta de 1,25%. A queda do iene diante do dólar ajudou nesse resultado. O dólar é negociado a 112,07 ienes no momento, contra 111,85 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng fechou em alta marginal de 0,07% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi ficou estável em Seul; o Taiex avançou 0,81% em Taiwan.

Na Europa, bolsas tentam engatar uma alta nesta manhã, com boas notícias vindas da Itália, onde o governo alcançou um acordo em relação ao orçamento fiscal de 2019 – acertou-se um déficit fiscal de 2,4% do PIB -, em linha com as determinações da União Europeia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,40%, no momento. Em Paris, o CAC40 flutua perto da estabilidade (+0,05%), enquanto o DAX sobe 0,20% em Frankfurt. Principal exceção é a bolsa de Londres, onde o FTSE100 recua 0,34%, refletindo dúvidas se as negociações em torno do Brexit cheguem a bom termo. O euro troca de mãos a US$ 1,1575, próximo ao valor de US$ 1,1578 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, os futuros de ações apontam para uma firme abertura em alta, principalmente, após a Netflix Inc reportar bons resultados, sendo a primeira grande empresa de tecnologia a divulgar o seu balanço, dando início a nova temporada de resultados corporativos. O índice futuro do Dow Jones opera em alta de 0,20%, no momento; do S&P 500 avança 0,25%; o Nasdaq sobe 0,45%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos subiu de 3,15% de ontem para 3,17%, nesta manhã. O dólar não mostra tendência definida diante das principais moedas. O índice DXY flutua em torno da estabilidade, no momento. Na agenda econômica, será divulgada a produção industrial de setembro, que deve subir 0,20% na comparação mensal, após alta de 0,40% registrada em agosto.

No mercado de petróleo, o mercado futuro opera em baixa em aparente movimento de realização de lucros, após as altas recentes. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em novembro recua 0,82%, no momento, sendo o barril negociado a US$ 71,19.

A pesquisa Ibope sobre o segundo turno das eleições presidenciais, divulgada ontem, praticamente confirma a vitória de Bolsonaro, com 59% dos votos válidos, contra 41% de Haddad. Diante desses números, o mercado reduz suas preocupações com o quadro eleitoral e passa a dar mais peso ao ambiente internacional. Bovespa deve abrir em alta, acompanhando a sinalização dos futuros de ações de Nova York, enquanto o real pode sustentar o espaço conquistado recentemente, diante de um dólar que não mostra tendência clara em termos globais, no dia de hoje.

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