Hoje na Economia 28/09/2018

Hoje na Economia 28/09/2018

Edição 2107

28/09/2018

Mercados operam entre altos e baixos nesta manhã, sem direcional definido.

Na Ásia, ainda que sem um denominador comum, a maioria das bolsas da região fechou em alta, impulsionada pelas valorizações expressivas das ações chinesas e japonesas. O índice regional MSCI Asia Pacific registrou ganho de 0,3%, nesta sexta-feira, mas não evitou que se fechasse o terceiro trimestre no vermelho, reflexo das preocupações com a guerra comercial entre EUA e China. Na China, o índice Composto da bolsa de Xangai apurou alta de 1,06%, sendo destaque de alta as ações das montadoras e de bancos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng chegou a operar em território negativo, mas se recuperou, encerrando o dia com ganho de 0,26%. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,36%, com destaque para ações de tecnologia, eletrônicos e do setor químico. Esse resultado foi favorecido pelo fortalecimento do dólar, que é cotado a 113,49 ienes no momento (112,76 ienes na manhã de ontem). Na Coreia do Sul, o índice Kospi da bolsa de Seul apurou perda de 0,52%; o Taiex da bolsa de Taiwan terminou o dia com queda de 0,25%.

Na Europa, bolsas de ações operam no vermelho diante das preocupações causadas pela crise política na Itália. O governo italiano anunciou uma proposta orçamentária contemplando déficit fiscal de 2,4% do PIB em 2019, o triplo do planejado pelo governo anterior e contrariando as regras fiscais da União Europeia. Em consequência, assiste-se a uma onda de vendas de bônus da dívida italiana, levando o juro do BTP de 10 anos a superar 3% ao ano. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,32%, nesta manhã. Em Milão, bolsa local tem baixa de 0,21%; em Londres, o FTSE100 perde 0,22%; em Frankfurt, o DAX recua 0,68%; em Paris, o CAC40 tem baixa de 0,34%. O euro se enfraquece diante do dólar, sendo cotado a US$ 1,1591, recuando 0,43% diante da moeda americana.

A bolsa de valores de Nova York deve abrir em baixa, conforme se deduz do comportamento dos principais índices de ações futuros, que parecem acompanhar o mau humor presente nos mercados europeus. O futuro do Dow Jones opera em baixa de 0,10%, no momento; o futuro do S&P 500 recua 0,09%; do Nasdaq cai 0,12%. O dólar se fortalece frente às moedas fortes. O índice DXY mostra variação positiva de 0,32%, nesta manhã. O juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 3,034%, recuando diante da taxa de 3,053% de ontem à tarde. Na agenda econômica, destaque para a divulgação da inflação medida pelo deflator dos gastos pessoais (PCE) de agosto. Segundo o consenso do mercado, o PCE deve mostrar alta de 2,2% em bases anuais, enquanto o seu núcleo (Core PCE) deve subir 2,0%, na mesma métrica.

Os contratos futuros de petróleo mantêm a tendência positiva de boa parte desta semana, apoiados pela decisão da Opep de não elevar a oferta, bem como por uma sinalização do governo dos EUA de que não pretende lançar no mercado reservas estratégicas para baixar os preços. Nesta manhã, o contrato futuro de petróleo tipo WTI é negociado a US$ 72,26/barril, com alta de 0,10%.

As notícias eleitorais, a nove dias das eleições, ganham crescente peso na determinação da tendência dos ativos no mercado brasileiro. Além de pesquisas particulares, cujos resultados vazam para o mercado, hoje à noite será divulgada pesquisa Datafolha. Essas avaliações ocorrem em meio à crise na campanha do candidato Bolsonaro, afetada por afirmações polêmicas de seu vice e denúncias na imprensa. Motivos de sobra para azedar o humor do investidor doméstico.

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