Hoje na Economia 05/07/2018

Hoje na Economia 05/07/2018

Edição 2048

05/07/2018

Investidores mostram-se cautelosos nesta quinta-feira, véspera do dia em que os Estados Unidos devem confirmar a primeira leva de tarifas protecionistas sobre produtos chineses. Amanhã, os EUA deverão impor tarifas adicionais de 25% a US$ 34 bilhões em produtos chineses, como foi anunciado em meados de junho. Pequim ameaça retaliar na mesma medida, assim que as novas alíquotas entrarem em vigor.

As bolsas da Ásia experimentaram mais um pregão de perdas. O índice de ações MSCI Asia Pacific, benchmark da região, recuou 0,5%, acusando as quedas de ações de tecnologia e instituições financeiras. Na China, o índice Composto de Xangai caiu 0,91%, renovando a mínima em dois anos e meio. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio caiu 0,78%, nova mínima em três meses. O dólar é negociado a 110,66 ienes de 110,48 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng cedeu 0,21% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi perdeu 0,35% em Seul e o Taiex recuou 1,03% em Taiwan.

Na Europa, mercados de ações operam com altas expressivas, refletindo a sinalização dada pelo governo americano de que não deverão impor tarifas a carros importados da União Europeia desde que o bloco concorde em suspender a ameaça de tarifação sobre veículos americanos. Contribui, também, para o bom humor dos investidores o dado sobre encomendas à indústria da Alemanha, que subiram 2,6% em maio ante abril, superando as expectativas. Atividade ganhando força na região favorece o euro que se valoriza 0,28% ante ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1689. O índice pan-europeu de ações STOXX600 sobe 0,63%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,47%; em Paris, o CAC40 tem ganho de 0,94%; em Frankfurt, o DAX se valoriza 1,26%.

Na economia americana, a agenda prevê importantes eventos com potencial para definir a tendência dos mercados ao longo dos próximos dias. Pelo lado econômico, será divulgado a folha de pagamento do setor privado pela pesquisa ADP, que segundo consenso do mercado deve mostrar criação líquida de 190 mil empregos em junho (178 mil em maio), sendo boa proxy para a payroll que será divulgada amanhã. O Fed divulga a ata da reunião de política monetária ocorrida em junho, onde se espera por sinais sobre o momento em que o atual movimento de normalização monetária alcançará a taxa de juros de equilíbrio, sinalizando a estabilidade das taxa de juro de referência. A taxa de juros da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,860% ao ano, com alta de 0,90%, no momento. O índice DXY recua 0,17%, com o dólar se enfraquecendo frente às principais moedas, mas mantendo ganhos frente às moedas emergentes, principalmente as asiáticas. Os futuros de ações da bolsa de Nova York operam em alta: Dow Jones futuro sobe 0,37%; S&P 500 avança 0,44%; Nasdaq ganha 0,42%, no momento.

Os contratos futuros de petróleo oscilam sem direcional claro enquanto se espera por dados oficiais sobre os estoques dos EUA. A previsão dos analistas para a pesquisa oficial, que o Departamento de Energia (DoE) norte-americano divulga hoje, é de queda de 3,9 milhões de barris. No momento o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 74,44/barril, com alta de 0,44%.

No mercado doméstico, os juros futuros e a taxa de câmbio deverão acompanhar os dados internacionais, principalmente a pesquisa ADP e a ata do Fed que serão divulgados nos EUA ao longo do dia, dada a ausência de uma agenda econômica relevante da economia brasileira.

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