Hoje na Economia 27/06/2018

Hoje na Economia 27/06/2018

Edição 2042

27/06/2018

A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados no dia de hoje diante da expectativa de recrudescimento das tensões comerciais entre os EUA e China. Temores que foram exacerbados por notícias de que o presidente Donald Trump pretende restringir os investimentos chineses nas empresas americanas de tecnologia.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam em baixa generalizada. O índice MSCI Asia Pacific teve perda de 0,7%, no pregão desta quarta-feira, fechando no menor nível desde outubro. Os mercados chineses lideraram as perdas. O Xangai Composto recuou 1,10%, acumulando desvalorização de 21% desde a máxima de dois anos e meio atingida em janeiro último. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 1,82%. No Japão, o Nikkei caiu 0,31% em meio ao fortalecimento do iene ante ao dólar durante o pregão. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 109,86 ienes, com a moeda japonesa se valorizando pouco mais de 0,15%. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi cedeu 0,38% em Seul e o Taiex recuou 0,38% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas locais também são contaminadas pelos crescentes temores de um acirramento da guerra comercial, operando em queda nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra perda de 0,37%, no momento. Principais praças da região também operam no vermelho: em Londres o FTSE100 registra queda moderada (-0,04%); em Paris o CAC40 perde 0,22%; em Frankfurt o DAX cai 0,24%. O euro é negociado a US$ 1,1639, com pequena queda frente ao valor de US$ 1,1642 de ontem à tarde.

Os contratos futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York registram perdas nesta manhã, sinalizando provável abertura em queda para as ações americanas. O futuro do Dow Jones perde 0,56%; o S&P 500 cai 0,43%; o Nasdaq perde 0,79%. A Treasury de 10 anos recuou para o yield de 2,847% ao ano de 2,880% observado ontem à tarde. O dólar índex sobe 0,10%, refletindo a apreciação a algumas moedas fortes, mas principalmente diante de moedas emergentes.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, refletindo a última pesquisa do American Petroleum Institute (API), que estimou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve expressiva queda na semana passada. O barril do tipo WTI para agosto tem alta de 0,96%, cotado a US$ 71,21, no momento.

O baixo apetite por risco que se observa nos mercados internacionais deve continuar pesando sobre a bolsa brasileira, que somado ao ambiente político doméstico conturbado, deve impedir uma reação para a Bovespa na sessão de hoje. Para atenuar as pressões sobre a taxa de câmbio, diante da renovada preocupação no exterior com a guerra comercial entre as duas maiores potências do mundo, o Banco Central realizará pela manhã leilão de linha, ofertando US$ 2,5 bilhões em duas tranches, as 10h15 e as 10h45

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