Hoje na Economia 24/05/2018

Hoje na Economia 24/05/2018

Edição 2019

24/05/2018

Mercados de ações globais operam entre altos e baixos em meio a preocupações com as ameaças ao livre comércio mundial, levando os investidores a evitarem ativos de maior risco.

Na Ásia, principais bolsas da região fecharam em baixa, nesta quinta-feira, após o governo dos EUA anunciar uma investigação sobre importações de carros que pode levar a imposição de tarifas. Pesaram também, comentários do presidente Donald Trump, sugerindo imposição de entraves adicionais às conversações com a China. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 1,11%, pressionado pelas ações das montadoras, que exportam grandes volumes de automóveis para os EUA. O fortalecimento do iene diante do dólar também prejudicou os negócios com ações. O dólar é negociado a 109,69 ienes, recuando ante o valor de 110,16 ienes de ontem à tarde. Na China, as exigências do presidente americano de obter "uma estrutura diferente" em eventual acordo comercial entre China e EUA, acabaram gerando incertezas sobre o futuro das negociações. O índice Xangai Composto captou o pessimismo e encerrou o dia com baixa de 0,45%. Em Seul, afetado também pelos temores de imposição de barreiras às exportações de automóveis sul-coreanos, o índice Kospi teve desvalorização de 0,24%. Fecharam no azul, o Hang Seng (+0,31%) de Hong Kong e o Taiex (+0,47%), de Taiwan.

Na Europa, as bolsas da região buscam reagir após as fortes quedas de ontem, também, motivadas pelas preocupações com as ações protecionistas do governo americano, além das questões locais envolvendo a crise na Turquia e as incertezas em relação ao novo governo na Itália. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em alta de 0,33%, no momento. Em Londres, o índice de ações FTSE100 tem queda marginal (-0,08%), enquanto em Paris e Frankfurt, o CAC40 e o DAX sobem 0,51% e 0,17%, respectivamente. O euro troca de mãos a US$ 1,1733 de US$ 1,1708 de ontem à tarde, mostrando ligeira recuperação após as quedas recentes, enquanto os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

As bolsas de ações nos EUA devem operar sem direcional claro nesta quinta-feira, se a sinalização dos índices futuros, no momento, prevalecer ao longo do dia. O índice futuro do Dow Jones opera com queda de 0,06%; O S&P 500 sobe 0,03%; Nasdaq tem alta de 0,10%. No mercado a termo de juros, o yield da Treasury de 10 anos flutua ligeiramente acima de 3,0% ao ano. O índice DXY recua 0,26%, nesta manhã, refletindo a queda do dólar frente às principais moedas, inclusive sobre as moedas emergentes, com a única exceção da lira turca que perde 2,12%, no momento.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta quinta-feira, pressionados pelas especulações de que a Opep poderá aumentar a produção do grupo para compensar eventual redução da oferta do Irã e Venezuela, devido as sanções americanas. O petróleo tipo WTI, para entrega em julho, é negociado a US$ 71,34/barril, com queda de 0,70%, no momento.

No âmbito interno, a população assiste estarrecida o desenrolar da greve dos caminhoneiros, em meio aos desencontros dos governantes. O governo já concedeu a isenção da CIDE e do PIS/Cofins sobre óleo diesel e redução de 10% do preço, que deve ficar congelado por 15 dias. Espera-se que a greve termine no dia de hoje. Ainda assim, o saldo será muito negativo para o governo, prejudicando os candidatos presidenciais do chamado centro, identificados com a continuidade da atual política econômica.

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