Hoje na Economia – 19/03/2025

Hoje na Economia – 19/03/2025

Cenário Internacional

O presidente Vladimir Putin recusou conceder a Donald Trump o cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, mas concordou em limitar ataques à infraestrutura energética da Ucrânia, condicionando isso ao fim do fornecimento de armas e inteligência por parte dos EUA e aliados.

A inflação na zona do euro desacelerou mais do que o previsto em fevereiro, subindo 2,3% A/A, abaixo da estimativa inicial de 2,4%. Diante das incertezas econômicas, o Banco Central Europeu avalia se deve reduzir os juros novamente. Embora o crescimento dos salários tenha moderado e os preços dos serviços estejam desacelerando, tensões comerciais e aumento dos gastos públicos podem pressionar a inflação para cima. 

Os títulos alemães lideraram os ganhos na região nesta quarta-feira, após a aprovação de um pacote histórico de gastos pelo Parlamento Federal da Alemanha. O pacote ainda precisa ser aprovado pela Câmara na sexta-feira.

O Banco do Japão manteve sua taxa de juros inalterada em 0,5%, destacando preocupações com o impacto das tarifas comerciais dos EUA e indicando que não tem pressa para novos aumentos. 

Na Turquia, os mercados sofreram forte queda após a prisão de Ekrem Imamoglu, principal rival do presidente Recep Tayyip Erdogan, gerando temores sobre a estabilidade política e seu impacto nas recentes políticas econômicas favoráveis aos investidores. 

Na agenda de hoje, nos EUA, às 15h será divulgado o resultado da política monetária, com coletiva de imprensa de Powell às 15h30. 

 

Cenário Brasil

O governo enviou ontem ao Congresso o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, criando também uma isenção parcial para a faixa entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Para compensar a perda de arrecadação, que será de R$ 25,84 bilhões em 2026, nas contas da Fazenda, o governo criará uma alíquota mínima para os mais ricos, exigindo que aqueles que ganham mais de R$ 1,2 milhão por ano paguem pelo menos 10%. Na faixa entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão, também haverá uma alíquota mínima, que aumentará gradativamente até atingir o patamar de 10%.

Na agenda de hoje, o Copom vai divulgar, a partir das 18h30, sua decisão de política monetária. A SulAmérica Investimentos espera uma alta de 100 bps na taxa Selic, atingindo 14,25%, em linha com o forward guidance e o consenso de mercado.

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