Hoje na Economia – 11/04/2025

Hoje na Economia – 11/04/2025

Cenário Internacional

Na manhã de hoje, a China anunciou que aumentará a tarifa sobre produtos americanos de 84% para 125% a partir de 12 de abril. Além disso, declarou que irá ignorar quaisquer novos aumentos tarifários que venham a ser anunciados pelos Estados Unidos a partir de agora. O Ministério do Comércio chinês afirmou que o aumento repetido de alíquotas, já excessivamente elevadas, é economicamente insignificante e evidencia o uso da política tarifária como instrumento de intimidação e coerção.

Ainda sobre o tema, a China alertou que irá contra-atacar e lutar até o fim caso os Estados Unidos continuem a violar seus direitos e interesses, acrescentando que o país norte-americano deve assumir total responsabilidade pelos danos causados pelas tarifas.

Durante a madrugada, foi divulgada na Alemanha a leitura final do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de março, que registrou alta de 0,3% M/M e de 2,2% A/A, em linha com as expectativas. No Reino Unido, o PIB mensal apresentou crescimento de 0,5% em fevereiro, acima da expectativa de 0,1%, enquanto a produção industrial avançou 1,5% no mesmo período.

Na agenda desta quinta-feira, foi divulgado o Índice de Preços ao Produtor (PPI) de março nos Estados Unidos, que veio bem abaixo das expectativas, registrando uma queda de 0,4%. Já o núcleo do indicador apresentou deflação de 0,1%, frente à mediana das projeções de alta de 0,3% M/M.

Às 11h, serão divulgados os dados preliminares de abril da sondagem de confiança do consumidor da Universidade de Michigan.

 

Cenário Brasil

Ontem, o presidente Lula sancionou o Orçamento de 2025, com estimativa de superávit de R$ 14,5 bilhões, respeitando a meta de resultado primário neutro estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. O Executivo também deve enviar até a próxima terça-feira ao Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026.

Ainda ontem, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que há uma proposta que prevê isenção no pagamento da conta de luz para cerca de 60 milhões de brasileiros, e que o texto deve ser enviado à Casa Civil até o fim de abril. No entanto, algumas horas depois, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que qualquer proposta nesse sentido esteja em estudo na Fazenda quanto na Casa Civil. Segundo a CNN, entretanto, a proposta para ampliar a Tarifa Social de Energia não exigirá transferências de recursos do Orçamento da União, sendo viabilizada exclusivamente por meio de ajustes no setor elétrico.

No cenário político, o Projeto de Lei (PL) da Anistia obteve as 257 assinaturas necessárias para que possa tramitar de forma mais acelerada na Câmara dos Deputados, o que deve aumentar a pressão sobre o presidente da Casa, Hugo Motta, para que paute o projeto em caráter de urgência.

Na agenda econômica, foram divulgados hoje o IPCA de março e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente a fevereiro. O IPCA registrou alta de 0,56%, acima da expectativa do mercado e da SulAmérica Investimentos, ambas de 0,53%. Já o IBC-Br apresentou avanço de 0,4% na comparação mensal, superando a mediana das projeções, que era de 0,3%. Em termos de composição, os principais vetores positivos foram a agropecuária, com crescimento de 5,6% na margem, e o setor de serviços, que avançou 0,2%. Em contrapartida, a indústria exerceu contribuição negativa, com recuo de 0,8%.

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