Hoje na Economia – 12/05/2025
Cenário Internacional
Estados Unidos e China anunciaram que irão reduzir temporariamente, por um período de 90 dias, as tarifas de importação atualmente vigentes. Conforme o comunicado, os EUA reduzirão suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá seus impostos sobre importações americanas de 125% para 10%. As tarifas setoriais e as antigas sanções permanecem. Após o anúncio, petróleo e outras commodities dispararam, aliviando temores sobre uma desaceleração econômica global.
Em outra frente, o presidente Donald Trump anunciou que assinará uma ordem executiva para limitar os preços de medicamentos nos EUA, exigindo que os americanos paguem, no máximo, o valor mais baixo praticado em qualquer outro país. A medida, que pode reduzir os preços em até 80%, provocou uma forte queda nas ações de farmacêuticas na Europa e Ásia.
Nos dados divulgados, na China o CPI de abril registrou deflação de 0,1% A/A, e o PPI variou -2,7% A/A. Ainda hoje, nos EUA, haverá discurso de membro do FED às 11h15 e, às 15h, será publicado o resultado fiscal de abril.
Cenário Brasil
Os jornais reportam que o novo desenho do auxílio-gás deve custar cerca de R$ 5 bilhões ao ano, valor que seria contabilizado dentro das regras do arcabouço fiscal. A proposta prevê a concessão do benefício — equivalente ao valor do botijão de 13 quilos de GLP — por meio de um voucher da Caixa para famílias de baixa renda.
Segundo a Folha, tanto a reforma do setor elétrico quanto o novo auxílio-gás receberão um tratamento de marketing especial do governo, com foco no aumento da popularidade. Já a CNN afirma que o evento para lançamento da reforma do setor elétrico está previsto para esta quinta-feira, dia 15.
Por fim, os jornais antecipam que o Planalto avalia a possibilidade de abrir crédito extraordinário para viabilizar o ressarcimento das vítimas dos descontos indevidos do INSS. Segundo o Valor Econômico, o Executivo pode recorrer ao STF para que o montante não seja considerado na meta de resultado primário. Ainda de acordo com as informações, dada a complexidade para a apuração dos valores a serem ressarcidos, parte dos recursos poderia ser executada apenas em 2026, o que reduziria o impacto sobre o orçamento deste ano.
Nos dados divulgados hoje, o Relatório Focus registrou nova queda nas projeções para a inflação em 2025, passando de 5,53% para 5,51%.