Hoje na Economia 23/04/2018

Hoje na Economia 23/04/2018

Edição 1997

23/04/2018

Semana inicia com investidores preocupados com as pressões inflacionárias decorrentes das recentes altas das commodities, em um contexto de aumento do protecionismo e mercado de trabalho aquecido nos EUA. Os preços das Treasuries recuam, levando os yields para proximidade de 3,0% ao ano, enquanto os mercados de ações, em sua maioria, abrem a semana com o pé esquerdo.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam com perdas modestas. O índice MSCI Asia Pacific apurou perda de 0,2%, nesta segunda-feira. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio recuou 0,33%, com destaque para queda de papeis de tecnologia. A moeda japonesa perdeu força diante do dólar. No momento, a divisa americana é negociada a 108,09 ienes de 107,60 ienes de sexta-feira à tarde. Na China, o índice Xangai Composto perdeu 0,11%, refletindo os efeitos das medidas adotadas pelo governo Trump que, entre outras, proibiu as exportações para fabricantes de equipamentos de telecomunicações ZTE, que tem sede em Shenzhen. Em Taiwan, o Taiex caiu 0,75%, mais uma vez prejudicado pela queda das ações da Taiwan Semicondutctor Manufacturing Co. (TSMC), que teve baixa de 1,1%, ampliando tombo de 6,3% que sofreu na última sexta-feira.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu para 2,986% ao ano, mantendo a tendência de alta vista no fim da semana passada e ajudando a impulsionar o dólar, neste momento. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, sobe 0,40%, situando-se a 90,689 pontos. Esses movimentos refletem a crescente percepção de que o Fed poderá elevar os juros com mais rapidez do que se imaginava anteriormente. Os índices futuros das principais bolsas de ações de Nova York operam no vermelho, nesta manhã: Dow Jones cai 0,18%; S&P 500 recua 0,13%; Nasdaq perde 0,13%.

Na Europa, os mercados de ações da região também acusam os efeitos das altas dos juros dos títulos soberanos, acompanhando a alta das treasuries americanas. O índice pan-europeu de ações recua 0,12%, no momento. Em Londres, o FTSE100 oscila entre altos e baixos, situando-se em -0,02%; em Paris, o CAC40 recua 0,14%; em Frankfurt, o DAX tem desvalorização de 0,21%. O euro é negociado a US$ 1,2234, recuando ante a cotação de US$ 1,2284 no fim da tarde de sexta-feira.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa moderada, nesta manhã, pressionados por realizações de lucros após os ganhos recentes. No momento, o barril de petróleo tipo WTI para junho recua 0,57%, negociado a US% 68,01.

As preocupações com a trajetória dos juros norte-americanos devem continuar determinando os preços dos ativos brasileiros, que também acusarão influências crescentes da corrida eleitoral. Os juros dos T-Bonds em alta e valorização global do dólar devem manter a taxa de câmbio flutuando em torno de R$ 3,40/US$, influenciando também os vértices mais longos da curva de juros futuros. A Bovespa, após ter recuperado os 85 mil pontos, deve abrir espaço para realizações, em meio ao recuo das principais bolsas internacionais, nesta segunda-feira.

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