Hoje na Economia 07/02/2018

Edição 1948

07/02/2018

Mercados de ações ensaiam uma recuperação após as quedas recentes, mas sem grande sucesso à medida que o clima de aversão ao risco ainda prevalece. Na Ásia, bolsas começaram os pregões em alta, mas cederam ao longo do dia, ao mesmo tempo em que o ouro e a moeda japonesa voltavam a se valorizar. Na Europa a reação é positiva, mas o mesmo não acontece com os futuros de ações americanos.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,2%, tentando se recuperar da queda de 6,1%, acumulada nos últimos três dias. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou no azul, após um início de pregão vigoroso que foi perdendo força à medida que o iene se valorizava. O índice Nikkei fechou com ganho marginal de 0,16%. O dólar é negociado a 109,03 ienes, recuando ante a cotação de 109,55 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto teve perda de 1,82%, refletindo a baixa liquidez presente no mercado, uma vez que o banco central chinês não interveio ofertando recursos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve a quinta baixa consecutiva, de 0,89%, após ter avançado quase 3% na primeira metade do pregão. Em Seul, o Kospi teve queda de 2,3%; em Taiwan, o Taiex fechou no azul, com alta de 1,42%.

Mercados europeus, estimulados pelo forte desempenho dos mercados acionários de Nova York ontem, conseguem se recuperar das quedas recentes, com investidores voltando a apostar na recuperação econômica global. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, mostra ganho de 0,61%, nesta manhã, sendo acompanhado pelas principais bolsas da região: Londres +0,61%; Paris +0,37%; Frankfurt +0,38%. O euro troca de mãos a US$ 1,2367, pouco abaixo da cotação de US$ 1,2377 de ontem à tarde.

No mercado americano, o juro do T-Bond de 10 anos situa-se em 2,769% ao ano, recuando frente à variação de 2,796% de ontem pela tarde. A estabilização do juro longo pode ser um incentivo a retomada do processo de alta para as ações, sinalizando como o momento de "comprar na baixa", encerrando o processo de correção das bolsas. Mas, os futuros de ações de Nova York não parecem corroborar com essa percepção. No momento, os principais índices operam no vermelho: Dow Jones -0,96%; S&P 500 -0,92%; Nasdaq -0,76%.

No mercado de commodities, o petróleo se recupera estimulado pelas notícias de redução do estoque do produto nos EUA. O barril do petróleo tipo WTI é cotado a US$ 63,53, com alta de 0,22%, nesta manhã. Demais commodities operam entre altos e baixos, com destaque para queda de metais básicos, que recuam 1,67%, no momento.

O Copom anuncia, nesta tarde, a nova taxa básica de juros, que deve ficar em 6,75% (corte de 0,25pp), segundo o consenso do mercado. O interesse maior ficará para o comunicado, que poderá trazer um tom mais conservador em relação às futuras ações do comitê. Números mais robustos sobre a atividade e inflação, em meio à deterioração do ambiente externo, embasariam indicações de que este deve ter sido o último ajuste.