Hoje na Economia 02/02/2018

Hoje na Economia 02/02/2018

Edição 1945

02/02/2018

Mercados amanhecem, nesta sexta-feira, com clara aversão ao risco estampada na maioria dos preços dos ativos. A possibilidade de aperto monetário em grandes bancos centrais no mundo assusta os investidores, levando a forte venda de títulos soberanos em diversas economias, impulsionando os juros longos para patamares elevados. O otimismo do Fed quanto à subida da inflação nos EUA adicionou combustível para que os investidores passassem a acreditar em aceleração no ritmo de aperto monetário, enquanto especulações sobre a retirada de estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE) continuam no radar.

Especulações sobre aperto monetário em varias partes do mundo derrubaram os mercados de ações na Ásia. O índice MSCI Asia Pacific recuou 0,4% na sessão de hoje, com destaque para as quedas de ações de tecnologia em decorrência da divulgação de balanços com resultados aquém do esperado. Em Tóquio, o Banco do Japão (BoJ) interveio pesadamente no mercado de títulos, para impedir que o juro do título de 10 anos ficasse acima da meta de 0% ao ano. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou com queda de 0,90%. O dólar é negociado a 109,78 ienes, subindo em relação à cotação de 109,26 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,44%, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,12%; em Seul o Kospi caiu 1,7%; em Taiwan, o Taiex perdeu 0,30%.

Nos EUA, será divulgado, hoje, o relatório sobre o mercado de trabalho em janeiro. O dado poderá ser bom para as ações e para os preços dos bonds caso mostre um bom volume de criação de vagas, mas com baixa pressão salarial. Segundo o consenso do mercado, a payroll deverá mostrar criação líquida de 180 mil vagas (148 mil em dezembro) e taxa de desemprego estável em 4,1%. No momento, a taxa de juros do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,798% ao ano (+0,30%) e o índice DXY sobe 0,16%, refletindo a valorização do dólar frente às principais moedas. Os principais índices futuros de bolsas americanas operam em baixa nesta manhã: Dow Jones -0,39%; S&P 500 -0,35%; Nasdaq sobe 0,35%.

Na Europa, a maioria dos mercados da região opera no vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,68%, no momento, caminhando para o quinto pregão consecutivo de queda. Em Londres, o FTSE100 recua 0,18%; em Paris, o CAC40 cai 0,81%; em Frankfurt, o DAX perde 1,08%. O euro é negociado a US$ 1,2509, caindo em relação a US$ 1,2521 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, cotações permanecem em alta moderada. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em março é negociado a US$ 66,10/barril, com valorização de 0,31%.

Os mercados domésticos acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje. Bons números para criação de empregos com baixos salários devem favorecer a Bovespa e manter o dólar mais fraco em relação ao real. No âmbito político, os sinais da base aliada reforçam o cenário de adiamento da aprovação da reforma da Previdência, em que pese os esforços do presidente para vota-la ainda neste mês.

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