Hoje na Economia 17/01/2018

Hoje na Economia 17/01/2018

Edição 1934

17/01/2018

Com agenda econômica esvaziada, mercados aproveitam esta quarta-feira para um ajuste técnico. Algumas praças nãos mostram fôlego para maiores avanços a partir dos elevados patamares alcançados pelas bolsas recentemente. Mas também não encontram motivos para fortes correções.

Na Ásia, boa parte dos mercados se afastou dos picos históricos recentes, seguindo o tom negativo dos mercados acionários dos EUA, que registraram perdas no dia de ontem. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,35% em meio a crescentes preocupações como o BoJ, banco central japonês. O BC japonês deverá revisar sua política monetária nas próximas semanas. Ainda que não se espere por mudanças imediatas, especulação sobre um futuro aperto monetário ganhou força, principalmente após o BoJ ter reduzido o volume de oferta de compra de bônus do governo no último dia 9. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 110,80 ienes, subindo em relação à cotação de 110,35 ienes de ontem à tarde. Também operou no vermelho, o índice de ações sul-coreano, o Kospi, que apurou perda de 0,25%. Na contramão da região, o índice Xangai Composto, em pregão de elevada volatilidade, terminou com valorização de 0,24%. Em Hong Kong, o Hang Seng renovou máxima histórica de fechamento, encerrando o dia com ganho de 0,25%.

Mercados europeus seguem o caminho da maioria das bolsas de ações da Ásia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,22%, no momento. Principais bolsas de ações da região também operam no vermelho: Londres -0,23%; Paris -0,22%; Frankfurt -0,13%. O euro troca de mãos a US$ 1,2220, perdendo força diante da moeda americana após ser cotado a US$ 1,2271 ontem à tarde.

O dólar avança diante das principais moedas, nesta manhã. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, sobe 0,34%, no momento, o primeiro ganho em mais de uma semana. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos avança a 2,556% de 2,542% no fim da tarde de ontem, em meio a especulações sobre se o governo evitará o "shutdown" na sexta-feira. Nesta quarta-feira, será conhecida a produção industrial, que deve ter se expandido em dezembro. Segundo o consenso do mercado a produção cresceu 0,5% no mês (+0,2% em novembro), em resposta ao avanço crescente das despesas com investimentos. Será divulgado também o Livro Bege (às 17h), compilação das avaliações conjunturais efetuadas pelos Feds regionais, dando um retrato mais atual sobre a economia americana.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI, para entrega em fevereiro, recua 0,31% nesta manhã, sendo cotado a US$ 63,85/barril, reflexo de movimentos de realização de lucros. Ao longo do dia, será divulgado relatório sobre o setor, que deverá mostrar queda nos estoques de petróleo dos EUA, o que poderá impulsionar o valor da commodity.

Em que peses os movimentos de realização de lucros que tomam conta das principais bolsas de ações internacionais, o ciclo virtuoso parece persistir, mantendo o fôlego para novos ralis, mantendo o ambiente favorável para renovadas altas da Bovespa. Na renda fixa, com uma agenda esvaziada, a curva futuro de juros ficará na dependência da evolução do dólar (que promete ser de ligeira alta) e das Treasuries para definição de uma tendência para hoje.

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