Hoje na Economia 15/12/2017

Hoje na Economia 15/12/2017

Edição 1913

15/12/2017

As atenções se voltam, novamente, para a reforma fiscal proposta pelo presidente Donald Trump, em tramitação no Congresso, uma vez absorvidos os efeitos das decisões de política monetária ocorridas nos EUA e Europa, nos últimos dias.

Na Ásia, os mercados acionários fecharam, em sua maioria, em queda com os investidores preocupados com o destino da reforma fiscal americana. O índice MSCI Asia Pacific recuou 0,40% no pregão desta sexta-feira, captando a queda das ações de tecnologia e bancos após o Senador republicano, Marco Rubio, ameaçar ficar contra a proposta fiscal a menos que o Senado aprove lei ampliando isenções de impostos para cuidados de crianças carentes. No Japão, o sentimento negativo oriundo dos EUA derrubou a bolsa de Tóquio. O Nikkei fechou com queda de 0,62%, a quarta queda seguida. O dólar é negociado a 112,11 ienes, recuando ante a cotação de 112,28 ienes no final da tarde de ontem. Na China, temores quanto apertos adicionais de liquidez derrubaram as bolsas da região. O índice Composto de Xangai fechou com perda de 0,80%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,09%. Em Seul, o índice Kospi subiu 0,51%, enquanto em Taiwan, o Taiex fechou com desvalorização de 0,40%.

Na Europa, mercados acionários seguem a tendência ditada pelas bolsas asiáticas, prevalecendo, também, as dúvidas em relação à tramitação da reforma fiscal no Congresso dos EUA. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com baixa de 0,22%, nesta manhã. Principais bolsas da região também operam no vermelho: Londres -0,11%; Paris -0,18%; Frankfurt -0,28%. O euro é negociado a US$ 1,1785, caindo frente ao valor de US$ 1,793 no final da tarde de ontem. Esse movimento deveu-se a frustração com as declarações de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, após a reunião de política monetária, não fornecendo indicações claras sobre a normalização da política monetária na região do euro.

Com a ameaça do Senador americano, Marco Rubio, de se opor à aprovação da reforma fiscal, o dólar perdeu força diante das principais moedas. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar diante de uma cesta de moedas, recuou de forma acentuada durante o pregão na madrugada, operando em torno da estabilidade, no momento (-0,05%). O juro pago pelo T-Bond de 10 anos, que estava em 2,349% ao ano no final da tarde de ontem, subiu para 2,353%, nesta manhã. Os índices futuros das principais bolsas de ações de Nova York operam em alta: Dow Jones +0,18%; S&P 500 +0,16%; Nasdaq +020%. Na agenda econômica, será divulgada a produção industrial de novembro, que deve continuar evoluindo positivamente captando a retomada dos investimentos. Pelo consenso do mercado, a produção industrial cresceu 0,3% no mês, após alta de 0,9% em outubro.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI, para entrega em fevereiro, opera em leve alta, sendo negociado a US$ 57,26/barril, com valorização de 0,39%, no momento.

No mercado doméstico, investidores absorvem o impacto decorrente da postergação da aprovação da reforma da Previdência para 2018. Expectativas de um possível "downgrade" nas notas de rating de crédito do Brasil devem manter o mau humor nos mercados, acentuando a volatilidade. Com o fracasso da reforma, o dólar deve se manter acima de US$ 3,30/US$, enquanto a curva de juros futuros manterá sua acentuada inclinação, com os vértices longos refletindo o aumento do risco fiscal.

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