Hoje na Economia 04/10/2017

Edição 1865

04/10/2017

Mercados de ações operam sem direcional definido, nesta manhã, enquanto o dólar perde parte do terreno conquistado diante das principais moedas nos últimos dias, enquanto investidores avaliam os nomes dos possíveis substitutos de Janet Yellen na presidência do Fed.

Na Europa, sobem os juros pagos pelos títulos soberanos dos países periféricos, seguindo o agravamento da crise espanhola, causada pela ameaça de secessão da Catalunha. Os investidores reduzem posicionamento em ativos espanhóis, enquanto se espera pela solução da crise. A bolsa de ações de Madri opera com queda de 2,38%, no momento. O índice STOXX600 também opera no vermelho (-0,23%), o mesmo ocorrendo com as principais praças da região: Londres -0,11%; Paris -0,36%. Exceção para Frankfurt, onde o DAX registra valorização de 0,10%. O euro é negociado a US$ 1,1757 subindo em relação a US$ 1,1746 de ontem à tarde.

Na Ásia, os mercados de ações fecharam em alta o pregão desta quarta-feira, embalados pelos recordes em Nova York. Em Tóquio, o índice Nikkei teve ganho marginal de 0,06%, sofrendo pressão decorrente da valorização do iene diante do dólar durante a sessão. No momento, o dólar é negociado a 112,57 ienes, recuando frente 112,88 ienes no final da tarde de ontem. A bolsa de Hong Kong apresentou o melhor desempenho da região pelo segundo dia consecutivo. O índice Hang Seng teve valorização de 0,73%, elevando o índice para um dos níveis mais altos desde 2007. Já na China, Coreia do Sul e Taiwan, os mercados não operaram devido a feriado.

O dólar devolve parte dos ganhos dos últimos dias, com investidor inseguro quanto ao nome do substituto de Janet Yellen na presidência do Fed. Nomes que vão do mais hawkish ao mais dovish circulam nas mesas de operações das grandes casas. Por ora, o concreto é que Janet Yellen deverá discursar hoje as 16h15, podendo trazer novas indicações sobre os passos futuros da política monetária americana. Pelo lado econômico, o instituo de pesquisa ADP divulgará relatório sobre criação de empregos no setor privado em setembro. O consenso indica a criação de 135 mil vagas, mas com grande potencial para uma surpresa negativa por conta dos impactos negativos dos furacões ocorridos no mês. No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos cai a 2,318% ao ano, de 2,324% no fim da tarde de ontem. Índices futuros das principais bolsas de ações operam no vermelho: Dow Jones -0,03%; S&P 500 -0,06%; Nasdaq -0,10%.

Os futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, enquanto se aguarda pela pesquisa oficial do Departamento de Energia (DoE) sobre os estoques americanos. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em novembro, é negociado a US$ 50,16/barril, com queda de 0,52%.

No front doméstico, em dia de fraca agenda econômica, destaque para a inflação paulista, medida pelo IPC-Fipe, que registrou alta de 0,02% em setembro, acumulando inflação de 1,09% no ano. Após os novos recordes alcançados pela Bovespa ontem, por conta de eventos internos (comentários sobre privatização da Petrobras e emissão do Tesouro no exterior), hoje os investidores estarão atentos ao pronunciamento de Janet Yellen, bem como aos dados do mercado de trabalho no setor privado dos EUA, além dos números sobre estoque de petróleo.