Hoje na Economia 22/09/2017

Hoje na Economia 22/09/2017

Edição 1857

22/09/2017

A temperatura voltou a subir na península coreana, alimentada por ameaças de ambos os lados. Os EUA mostram intenções de aniquilar a Coreia do Norte; Pyongyang responde ameaçando realizar teste nuclear em "escala inédita" no Oceano Pacífico. A aversão ao risco volta a ganhar força, favorecendo o ouro, o iene e o euro que sobem ante ao dólar.

Na Ásia, mercados de ações fecharam com perdas generalizadas. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,25%, interrompendo uma sequência de quatro pregões de valorização. O dólar é cotado a 111,93 ienes, recuando de 112,56 ienes de ontem à tarde. Na China, bolsas recuaram em reação à decisão da S&P de rebaixar o rating chinês de AA- para A+, em decorrência do elevado endividamento da economia. O índice Xangai Composto caiu 0,16%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,82%, tendência que também marcou as bolsas da Coreia do Sul (Kospi -0,74%) e de Taiwan (Taiex -1,22%).

Na Europa, prevalece também a postura cautelosa entre os investidores, afetando negativamente os mercados acionários da região. Atenua o efeito Coreia do Norte, boas notícias no front econômico. A IHS Markit informou que o índice preliminar dos gerentes de compras composto da zona do euro atingiu 56,7 em setembro de 55,7 em agosto, o maior nível em quatro meses, reafirmando a boa dinâmica da economia europeia. O índice STOXX600 opera em torno da estabilidade, pesando a queda das ações de mineradoras. Em Londres, o FTSE100 registra alta moderada (+0,07%); em Paris, o CAC40 sobe 0,50%; em Frankfurt o DAX tem ganho de 0,25%. O euro é cotado a US$ 1,1991 de US$ 1,1934 de ontem à tarde.

No mercado americano, o dólar e os juros das Treasuries voltam a recuar, após as altas que seguiram à sinalização do Fed de nova alta do juro básico americano ainda este ano. No momento, o yield da Treasury de 10 anos situa-se em 2,254% ao ano, contra 2,280% no fim da tarde de ontem. Os índices futuros das principais bolsas de ações americanas operam no vermelho: Dow Jones -0,11%; S&P 500 -0,15%; Nasdaq -0,26%. Na agenda do dia, destaque para os discursos de três dirigentes do Fed: John Williams/Fed São Francisco (7hs); Esther George/Fed Kansas (10h30); Robert Kaplan/Fed Dallas (14h30).

Os preços do petróleo operam de lado, enquanto o investidor espera detalhes da reunião da Opep e de grandes produtores, que ocorre nesta manhã em Viena, onde serão analisados os efeitos do pacto de redução da produção na oferta da commodity. O contrato futuro para entrega em novembro do produto tipo WTI é negociado a US$ 50,54/barril, com baixa marginal de 0,02%.

Os ativos brasileiros devem operar atentos ao desenrolar do imbróglio na península coreana, em dia de agenda econômica esvaziada. Ontem o STF encaminhou para a Câmara dos Deputados a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, em meio à delação de Lúcio Funaro, agravando a situação do governo. O consenso indica que será rejeitada como a primeira, mas podendo envolver um custo político maior para o presidente. As chances de aprovação da reforma da Previdência ainda este ano começam a se esvair, à medida que a disputa eleitoral de 2018 começa a tomar conta do ambiente político.

Topo