Hoje na Economia 14/09/2017

Hoje na Economia 14/09/2017

Edição 1851

14/09/2017

Novas ameaças da Coreia do Norte, focadas, principalmente, no Japão, estragam o bom humor dos mercados, empurrando os investidores para defensiva. Contribui também a percepção de que a economia da China perde força, após a divulgação de indicadores sobre vendas do comércio e produção industrial abaixo do esperado pelo mercado. Entre as commodities, os metais básicos, puxados pelo minério de ferro, recuam 1,88%, nesta manhã.

Os juros das Treasuries devolvem parte da alta de ontem, após a expectativa positiva criada em torno da agenda fiscal do governo Trump. O yield do T-Bond de 10 anos recuou para 2,188% ao ano, de 2,195% no fim da tarde de ontem. O rali do dólar perdeu força, ainda que sustente parte dos ganhos na esperança de que o Fed poderá subir os juros ainda neste ano. O desempenho do dólar, no dia de hoje, também será marcado pela divulgação da inflação ao consumidor (CPI) de agosto, que deverá registrar inflação de 1,8% para o índice cheio e 1,6% para o seu núcleo, ambos em 12 meses, segundo o consenso do mercado. No mercado futuro de ações, Dow Jones opera estável; S&P 500 recua 0,06%; Nasdaq perde 0,08%.

No mercado asiático, os temores com as ameaças da Coreia do Norte e os fracos dados sobre a economia chinesa levaram as principais bolsas de valores da região a fechar no vermelho. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em baixa após três pregões de ganhos. O índice Nikkei registrou perda de 0,29%. O dólar é negociado a 110,41 ienes de 110,62 ienes no fim da tarde de ontem. Os últimos números de indústria e comércio da China decepcionaram. Na comparação anual de agosto, a produção industrial chinesas avançou 6% (projeção: 6,6%), enquanto as vendas no varejo subiram 10,1% ante previsão de aumento de 10,5%. Na esteira desses dados, o índice Xangai Composto fechou com desvalorização de 0,38%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,42%; em Seul, o Kospi, na contramão da tendência da região, subiu 0,74%; o mesmo ocorrendo com o Taiex de Taiwan que avançou 0,20%.

Mercados europeus operam em baixa acompanhando a tendência ditada pelos principais praças da Ásia. O índice STOXX600 abriu em baixa, chegando a cair mais de 0,10%, opera perto da estabilidade, neste momento. O FTSE100 de Londres sobe 0,13%; em Paris o CAC40 encontra-se estável; em Frankfurt o DAX perde 0,22%. O euro é negociado a US$ 1,1896 subindo em relação a US$ 1,1885 de ontem à tarde.

Os futuros de petróleo operam sem direção única, nesta manhã, após as altas expressivas do pregão de ontem. O barril de petróleo tipo WTI para outubro tem alta marginal de 0,02% na Nymex, negociado a US$ 49,31.

No mercado doméstico, na agenda política especula-se que até o final da tarde de hoje, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, deverá apresentar a segunda denúncia contra o presidente Temer. Deverá ser um evento neutro para os mercados, uma vez que se acredita que as denúncias chegarão esvaziadas, sem força para causar grandes impactos. Na agenda econômica, o Banco Central divulga o índice de atividade econômica (IBC-Br), que deve mostrar avanço de 0,75% em julho na comparação ano a ano, segundo o consenso do mercado. Em junho, o índice teve queda de 0,56%.

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