Hoje na Economia 28/08/2017

Hoje na Economia 28/08/2017

Edição 1839

28/08/2017

Os mercados internacionais se arrastam nesta segunda-feira, em meio à ausência de notícias e dados econômicos relevantes, o que deixa os ativos oscilando entre margens estritas, sem viés único. Pesa também a frustração com o encontro dos bancos centrais em Jackson Hole, onde nem Yellen (Fed) nem Draghi (BCE) deram qualquer sinal sobre os próximos passos das respectivas políticas monetárias.

As ações na Europa iniciam a semana operando firmemente no vermelho, enquanto o euro continua se fortalecendo frente às principais moedas. O euro é cotado a US$ 1,1932 nesta manhã, contra US$ 1,1928 observado na sexta-feira à tarde. No mercado de ações, o índice STOXX600 opera com queda de 0,42%. Em Paris, o índice de ações CAC40 perde 0,48%; em Frankfurt o DAX recua 0,67%. Em Londres, mercados permaneceram fechados por conta de feriado.

O dólar americano permanece derretendo diante das principais moedas seguindo os comentários evasivos de Janet Yellen em Jackson Hole, onde não ofereceu qualquer catalisador para a divisa americana. O índice DXY encontra-se em 92,445, situando-se 0,8% abaixo do nível de sexta-feira. No mercado futuro de ações, o Dow Jones futuro cai 0,15%; o S&P 500 cai 0,11%; o Nasdaq perde 0,20%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,168% ao ano, nesta manhã.

Na Ásia, bolsas locais fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, em que pese às frustrações com a falta de sinalização sobre o futuro da política monetária dada pelos dirigentes dos Fed e do BCE. Na China, os bons resultados corporativos impulsionaram o índice Xangai Composto, que subiu 0,93%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou próximo da estabilização (+0,05%). No mercado japonês, o índice Nikkei fechou praticamente estável em Tóquio, com baixa marginal de apenas 0,01%. O dólar é negociado a 109,23 ienes, com alta de 0,20% ao longo do pregão asiático.

No mercado de commodities, o estrago efetuado pela tempestade tropical no Texas fez os contratos futuros de gasolina subirem mais de 10% diante dos danos causados nas refinarias. No mercado de petróleo, os futuros da commodity operaram em baixa ao longo da madrugada, após a paralisação de quase 15% da capacidade de refino dos EUA em função da tempestade. Nesta manhã, o contrato futuro do WTI para entrega em outubro é cotado a US$ 47,43/barril, com queda de 0,92%.

Os eventos políticos devem continuar ditando o humor dos mercados domésticos, nesta semana. O governo se propõe uma agenda ousada de votações, envolvendo a aprovação da TLP em plenário na Câmara, avanços em torno das negociações do novo Refis e aprovar mudanças das metas fiscais. Se tiver sucesso, mercados devem manter a atual onda de otimismo. Um possível risco seria uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer pela Procuradoria Geral da República.

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