Hoje na Economia 16/08/2017

Hoje na Economia 16/08/2017

Edição 1831

16/08/2017

Mercados financeiros mundiais seguem em alta, com otimismo em relação a crescimento, menor preocupação com questões geopolíticas e aguardando divulgação da ata do Fomc hoje.

Na Ásia, as bolsas tiveram comportamento misto. O índice MSCI Ásia Pacífico avançou +0,2%, puxado pela Coreia (+0,60%), mas com queda de -0,15% na bolsa de Xangai e -0,12% no índice Nikkei225 do Japão. O iene está se depreciando contra o dólar, -0,13%, cotado a ¥/US$ 110,83.

Na Europa, o índice STOXX600 sobe +0,80%, com altas de +0,66% no FTSE100 de Londres, +1,06% no CAC40 de Paris e +0,84% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando contra o dólar, -0,27%, agora sendo negociado a US$/€ 1,1704. O PIB do 2º trimestre foi revisado ligeiramente para cima, de 2,1% A/A para 2,2% A/A, agora também com a divulgação do resultado para todos os países, com a grande maioria mostrando crescimento.

Os índices futuros das bolsas americanas estão em alta também: +0,49% no caso do Dow Jones e +0,22% no caso do S&P500. Os juros futuros americanos estão subindo, com o título da Treasury de 10 anos pagando 2,278% a.a.. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY variando +0,16%. Hoje será divulgada a ata do Fomc, sendo que o mercado deve prestar atenção nas discussões sobre anúncio de redução do balanço (esperado para setembro) e possibilidade de subir ou não a taxa de juros mais uma vez em 25 pb (evento esperado para dezembro).

Os preços de commodities estão em alta, com o índice de preços da Bloomberg subindo +0,37%. O preço de petróleo sobe +0,23% no caso do tipo WTI, cotado a US$ 47,66/barril. O preço do minério de ferro cai -0,96%, cotado a US$ 72,97/ton.

No Brasil, o anúncio da revisão de meta ontem deve ter um efeito positivo sobre os mercados locais. A meta de primário de 2017 foi revista de R$ -139 bi para R$ -159 bi e a de 2018 de R$ -129 bi para R$ -159 bi, evitando déficits maiores (que chegaram a ser especulados). O governo anunciou algumas medidas para tentar conter ainda mais os gastos para 2018, inclusive afetando o funcionalismo público, e também para elevar a arrecadação, mas com altas em taxações menos impopulares, como fundos de investimentos. As metas de primário de 2019 e 2020 também foram revistas para baixo, sendo que agora o primeiro ano com superávit primário deve ser 2021 (e não 2020). A agência de risco S&P reafirmou o crédito do Brasil ontem na mesma hora (BB) e tirou o Brasil do creditwatch negativo, no qual havia colocado após o escândalo político afetando o presidente em maio. Dessa forma, os mercados financeiros locais devem reagir bem. Os juros futuros devem recuar, o real deve se valorizar (ajudado pelas commodities e acompanhando outras moedas de países emergentes) e a bolsa deve subir. Hoje já foram divulgados o IPC-S 2ª semana, que ficou igual ao esperado (0,40%), o IGP-10 de agosto, que ficou abaixo do esperado (-0,17% contra -0,05%), e deve sair a pesquisa mensal de serviços, que deve mostrar variação de -3,9% A/A, devendo ter pouco efeito sobre os mercados financeiros mesmo em caso de surpresa.

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