Hoje na Economia 14/08/2017

Hoje na Economia 14/08/2017

Edição 1829

14/08/2017

Aversão ao risco diminui nos mercados financeiros globais, uma vez que declarações de oficiais militares dos EUA no final de semana indicam baixa probabilidade de conflito na península coreana.

Na Ásia, a maior parte das bolsas subiu, com a diminuição de preocupação com a geopolítica da península coreana. A bolsa de Xangai, por exemplo, teve alta de 0,90%. Ainda assim, o índice MSCI Ásia Pacífico recuou -0,1%, uma vez que o índice Nikkei225 do Japão recuou -0,98%, já que a bolsa japonesa havia fechado na sexta-feira devido a feriado (só na segunda-feira ela refletiu a queda que já havia acontecido nas outras bolsas da região). O iene está se depreciando contra o dólar, -0,52%, cotado a ¥/US$ 109,76. O PIB japonês surpreendeu positivamente no 2º trimestre, com crescimento de 1,0% T/T contra expectativa de 0,6% T/T. Os dados chineses de atividade de julho, no entanto, vieram abaixo do esperado. A produção industrial teve crescimento de 6,4% A/A, contra expectativa de 7,1% A/A, e as vendas no varejo subiram 10,4% A/A, contra expectativa de 10,4% A/A.

Na Europa, o índice STOXX600 opera em alta, de +0,90%, com altas de +0,62% no FTSE100 de Londres, +0,94% no CAC40 de Paris e +1,14% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando contra o dólar, -0,26%, agora sendo negociado a US$/€ 1,1791.

Os índices futuros das bolsas americanas estão em alta também: +0,56% no caso do Dow Jones e +0,57% no caso do S&P500. Os juros futuros americanos estão subindo, com o título da Treasury de 10 anos pagando 2,224% a.a.. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY variando +0,33%. O mercado financeiro aguarda a divulgação da ata do FOMC, na quarta-feira, e também diversos dados importantes sobre atividade (vendas no varejo n terça-feira, produção industrial na quinta-feira). Hoje a agenda econômica não contempla divulgação de dados de relevância.

Os preços de commodities estão em queda, com o índice de preços da Bloomberg recuando -0,54%. O preço de petróleo cai, com o tipo WTI recuando -0,68%, cotado a US$ 48,48/barril. O preço do minério de ferro cai -0,64%, cotado a US$ 74,71/ton.

No Brasil, hoje devem ser divulgadas as novas metas fiscais para 2017 e 2018. O governo deve rever para pior as metas de déficit, provavelmente passando de R$ -139 bi e R$ -129 bi, respectivamente, para algo em torno de R$ -159 bi nos dois anos, devido à frustração com receitas. Algumas medidas de cortes de gastos para 2018 devem ser anunciadas também, como adiamento de reajustes salariais de funcionários públicos. Uma meta fiscal mais deficitária em 2018 pode piorar o ânimo dos mercados locais, uma vez que a meta de R$ -159 bi já parece precificada nos preços dos ativos. Os ativos brasileiros devem se valorizar hoje, aproveitando-se da melhora do cenário externo e da falta de notícias ruins novas no Brasil (o fechamento pior na sexta-feira deve ter sido ocasionado por essa expectativa, que não se concretizou). Os juros futuros devem recuar, o real deve se valorizar e a bolsa deve subir.

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