Hoje na Economia 10/08/2017

Hoje na Economia 10/08/2017

Edição 1827

10/08/2017

Aversão ao risco segue aumentando nos mercados financeiros globais, à medida que tensão na península coreana aumenta. Respondendo ao discurso de Trump, autoridades norte-coreanas divulgaram um plano para lançar 3 mísseis na direção do território americano de Guam, o que levou os secretários de defesa da Coreia do Sul e do Japão a afirmar que haveria retaliações se isso ocorresse.

Na Ásia, as bolsas caíram, refletindo o aumento de tensão geopolítica na península coreana. O índice MSCI Ásia Pacífico recuou -0,5%, com queda de -0,42% na bolsa de Xangai e de -0,05% no índice Nikkei225 de Tóquio. O iene está se apreciando contra o dólar, +0,25%, servindo como refúgio seguro do mercado, cotado a ¥/US$ 109,79.

Na Europa, o índice STOXX600 opera em queda, de -0,54%, com recuos de -1,10% no FTSE100 de Londres, -0,28% no CAC40 de Paris e -0,71% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando contra o dólar, -0,32%, agora sendo negociado a US$/€ 1,1722. A produção industrial no Reino Unido surpreendeu positivamente (+0,5% M/M contra expectativa de +0,1%), porém mesmo assim as ações caem no país.

Os índices futuros das bolsas americanas estão em queda também: -0,09% no caso do Dow Jones e -0,42% no caso do S&P500. Os juros futuros americanos estão caindo, com o título da Treasury de 10 anos pagando 2,234% a.a.. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY variando +0,17%. Moedas de países desenvolvidos estão, com exceção do iene, se depreciando diante do dólar, enquanto moedas de países emergentes estão se valorizando frente ao dólar. Hoje o presidente do FED de Nova York, Dudley, deve fazer um discurso, com a parte de perguntas e respostas podendo impactar os mercados.

Os preços de commodities estão em alta, com o índice de preços da Bloomberg subindo +0,40%, puxado novamente por metais preciosos (devido ao aumento de aversão ao risco) e petróleo. O preço do petróleo sobe, com o preço do barril tipo WTI avançando +0,54%, sendo negociado a US$ 49,82.

No Brasil, o IGP-M primeiro decêndio deve ter deflação de -0,10%, queda de preços menos intensa que nos meses anteriores devido ao aumento de preços de combustíveis. Notícias indicam que o governo deve rever a meta de déficit primário para 2017 e 2018. A meta de 2017 deve sair de R$ -139 bi para R$ -159 bi, o que já é esperado pelo mercado. A meta de 2018 pode piorar de R$ -129 bi para R$ -170 bi, o que não é esperado pelo mercado (o relatório Prisma indica que a mediana do mercado esperava que o déficit de 2018 fosse R$ -129 bi). A possibilidade de piora do déficit fiscal pode fazer os juros futuros subirem, em especial os títulos mais longos. A bolsa brasileira deve cair, acompanhando o movimento internacional, porém o real deve se valorizar hoje, com a melhora dos termos de troca.

Topo