Hoje na Economia 12/06/2017

Hoje na Economia 12/06/2017

Edição 1784

12/06/2017

A baixa generalizada nas ações de tecnologia ocorrida na sexta-feira, derrubando os mercados nos EUA, se espalhou pela Ásia e Pacifico, contaminando também os mercados europeus, nesta segunda-feira.

Na Ásia, os principais índices acionários da região fecharam o pregão de hoje em queda, pressionados pelo movimento de baixa das ações de tecnologia. Em Hong Kong, as ações da China Mobile caíram 0,71%. O índice de referência Hang Seng terminou o dia apurando perda de 1,24%. O índice Xangai Composto, da bolsa de Xangai, caiu 0,59%, com destaque para queda das ações do Bank of China (-0,27%). No Japão, a bolsa de Tóquio também fechou em queda em dia de baixo volume de negócios. Investidores se mostraram cautelosos, preferindo esperar pelas decisões de política monetária nos EUA, na quarta-feira, e no Japão, na sexta-feira. A leve valorização do iene durante o pregão ajudou a derrubar o índice Nikkei, que fechou o dia com perda de 0,52%. O dólar é negociado a 109,91 ienes, contra 110,25 ienes de sexta-feira.

Na Europa, a queda de ações de tecnologia leva o índice pan-europeu de ações STOXX600 a operar com queda de 0,99%, no momento. Principais bolsas da região também operam em queda: Londres, o FTSE100 perde 0,39%; em Paris, o CAC40 recua 1,12%; em Frankfurt, o DAX perde 0,98%. O euro é negociado a US$ 1,1217 subindo ante a cotação de US$ 1,1199 no final da tarde de sexta-feira, refletindo os resultados eleitorais na França, favoráveis ao partido do presidente Emmanuel Macron.

Entre os ativos norte-americanos, o yield pago pela Treasury de 10 anos recua para 2,204% ao ano de 2,209% ao ano, no final da sexta-feira. O dólar flutua entre margens estreitas diante das principais moedas, com o índice DXY situando-se em 97,128 pontos. Os futuros dos principais índices de ações operam em queda: Dow Jones -0,17%; S&P 500 -0,31%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta segunda-feira, motivado pela decisão do Catar de renovar o compromisso com a estratégia de corte de produção da Opep. O petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 46,02/barril, com alta de 0,37%, nesta manhã.

No ambiente doméstico, o acirramento do embate entre o Executivo e o poder Judiciário, por conta das investigações da Lava Jato, alimenta as incertezas decorrentes do ambiente político, levando a constantes reavaliações sobre o destino das reformas, mantendo elevada a volatilidade dos preços dos ativos. O câmbio deve manter o tênue equilíbrio, flutuando entre US$ 3,25/US$ a R$ 3,30/US$. O agravamento do quadro político pode furar esse teto. Nos juros, o ambiente inflacionário favorável continua favorecendo um corte de 75 bps na Selic, na próxima reunião do Copom. Eventos como a aprovação das leis trabalhistas no Senado e a reunião do PSDB (prevista para hoje) sobre se continua apoiando o governo Temer devem provocar ruídos nos mercados.

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