Hoje na Economia 10/04/2017

Edição 1742

10/04/2017

Mercados operam em meio a um clima de insegurança e incertezas decorrentes de fatores geopolíticos, marcados pela ação dos EUA na Síria, bem como pelo envio de navios de guerra para a península coreana.

Na Europa, pesa também a proximidade do primeiro turno das eleições presidenciais na França, o que empurra investidores para ativos de menor risco. O preço dos bonds franceses encontra-se em queda e o euro perde frente às principais moedas. No momento, a moeda comum europeia é negociada a US$ 1,0578 contra US$ 1,0602 no final da sexta-feira. O índice de ações CAC40 da bolsa de Paris opera com queda de 0,59%. Em Londres, o índice FTSE100 registra discreta queda (-0,03%), enquanto o DAX de Frankfurt perde 0,24%. O índice pan-europeu de ações opera em baixa de 0,14%, no momento.

Os ativos americanos oscilam em margens estreitas, nesta segunda-feira. Prevalece certa preocupação com os riscos geopolíticos, como também repercute o relatório de emprego, que apontou a criação de menor número de postos de trabalho em relação ao que se esperava para março, como também um recuo da taxa de desemprego, que ficou no menor nível desde maio de 2007. Esses dados não alteraram as apostas de que o Fed deve elevar a taxa básica de juros mais duas vezes este ano: em junho e setembro. O juro pago pela Treasury de 10 anos oscila em torno de 2,373%, nesta manhã. O dólar index subiu para 101,20, refletindo os ganhos da moeda americana frente ao iene e ao euro. O índice futuro de ações S&P 500 opera com alta moderada (+0,07%).

Na Ásia, as preocupações com os riscos geopolíticos e dados mistos sobre o mercado de trabalho americano contribuíram para que as bolsas da região fechassem sem direcional único. Na China, mercados fecharam em baixa após se divulgado que Xiang Junbo, chefe da entidade reguladora da indústria de seguros da China está sendo investigados por suspeita de violações graves de disciplina. O índice Xangai Composto fechou com perda de 0,52%. O Hang Seng de Hong Kong fechou próximo da estabilidade (-0,02%). No Japão, o índice Nikkei subiu 0,71%, impulsionado pelo enfraquecimento do iene. O dólar é cotado a 111,27 ienes, contra 110,64 ienes de sexta-feira.

As tensões no Oriente Médio, após o ataque americano à Síria, sustentam a alta dos preços do petróleo. O contrato futuro do petróleo WTI, para entrega em maio, avançava a US$ 52,59/barril (+0,067%), nesta manhã.

As discussões em torno da reforma da Previdência devem continuar no cento das preocupações dos investidores. A flexibilização da proposta é coisa certa. Avaliam-se quais mudanças serão aceitas e os impactos sobre os ganhos fiscais esperados. Presidente Temer se esforça para buscar de apoio em torno de um texto de consenso que possa ser apresentado pelo relator da Comissão Especial, no dia 18 de abril. Diante das incertezas que rondam o andamento da reforma da Previdência, é possível que investidores alterem seus portfólios, privilegiando posições mais defensivas.