Hoje na Economia 06/04/2017

Hoje na Economia 06/04/2017

Edição 1740

06/04/2017

A aversão ao risco comanda os negócios nesta quinta-feira. Investidores ficaram mais cautelosos após a divulgação da ata de política monetária do Fed, na tarde de ontem. O documento surpreendeu ao indicar que o Fed pode começar a reduzir o seu balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões até o fim do ano, antes do que previam os analistas.

Os juros pagos pelo T-Bond de 10 anos mostram fracas oscilações, no momento, permanecendo no mesmo patamar de ontem à tarde em meio à especulação de que a redução do balanço do Fed pode reduzir a necessidade de alta da taxa básica de juros. O dólar mantém os ganhos recentes, fortalecendo-se principalmente frente à moeda europeia. Os futuros dos principais índices de ações americanos operam no vermelho. O futuro do S&P 500 recua 0,03%, nesta manhã.

Na Ásia, bolsas de valores fecharam em queda, lideradas pelo mercado acionário japonês. As preocupações com a direção da política monetária americana levaram o índice Nikkei a registrar queda de 1,40% no pregão de hoje, fechando no menor nível em quatro meses. Em que pese o tom "hawkish" da ata do Fed, o iene manteve-se forte ante o dólar durante a madrugada, pesando nas ações de exportadoras. No momento, o dólar é cotado a 110,75 ienes, contra 110,67 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Composto de Xangai, contrariou a tendência majoritária da região, fechando em alta de 0,33%. O índice Hang Seng de Hong Kong encerrou a sessão com perda de 0,52%.

Na Europa, o euro se enfraquece diante das principais moedas após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmar em discurso que há poucas evidências de que a inflação da zona do euro será duradoura e se estabilizará em nível próximo de 2%, como é o objetivo do BCE. Nesta manhã, o euro é cotado a US$ 1,0667 abaixo de US$ 1,0682 no fim da tarde de ontem. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra perda de 0,47%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua 0,53%; em Paris o CAC40 cai 0,25%; em Frankfurt, o DAX se desvaloriza 0,56%.

O ambiente de aversão ao risco também afetou o mercado de petróleo. As cotações caíram ao longo da sessão asiática, recuperando-se no início desta manhã. No momento, o contrato futuro para o petróleo tipo WTI para entrega em maio sobe 0,12%, sendo negociado a US$ 51,21/barril.

A combinação de um discurso mais duro por parte das autoridades monetárias americanas e pesquisas, junto aos deputados, mostrando que o governo não conseguiria aprovar a reforma da Previdência neste momento, deve alimentar o mau humor dos mercados nesta manhã. A curva de juros futuros deve se manter pressionada, principalmente nos contratos mais longos, seguindo a alta das Treasuries e o comportamento do dólar. A Bovespa deve seguir a tendência ditada pelos mercados internacionais, operando no vermelho, neste dia de maior aversão ao risco.

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