Hoje na Economia 13/03/2017

Hoje na Economia 13/03/2017

Edição 1722

13/03/2017

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, seguindo o tom positivo dos mercados acionários norte-americanos, que subiram na última sexta-feira, após dados mostrarem robusta criação de empregos nos EUA. Destaque para o índice Hang Seng de Hong Kong, que teve valorização de 1,11%, com a redução dos temores de uma desvalorização acentuada da moeda chinesa por conta de eventual conflito comercial entre Chia e EUA. Em Xangai, o índice Xangai Composto fechou a sessão com ganho de 0,76%. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou com alta moderada (+0,15%). O índice iniciou os trabalhos em queda, recuperando-se ao longo do pregão à medida que a forte queda nos preços internacionais do petróleo beneficiou grandes consumidores da commodity, como empresas aéreas, setor químico e elétrico.

As bolsas ocidentais, por sua vez, devem permanecer negociando pertos altas históricas, uma vez que os sinais de crescimento mundial são abrangentes, envolvendo a economia americana Europa, bem como a China. Na Europa, a possibilidade aventada pelo Banco Central Europeu (BCE) de subir a taxa básica de juros da região ante de findar o programa de compra de ativos mantém a moeda comum europeia sendo negociada em torno de US$ 1,0667, nesta manhã. No mercado de ações, bolsas locais mostram variações discretas: índice pan-europeu de ações STOXX600 sobe 0,07%; o FTSE100 de Londres avança +0,06%; em Paris o CAC40 recua 0,05%; em Frankfurt o DAX opera estável, neste momento.

A reunião de política monetária do Fed, na quarta-feira, será o evento mais importante da semana, onde se espera que retome o aperto monetário. As dúvidas residem sobre a extensão do programa de ajuste. Embora os EUA tenham criado mais emprego do que se previa para fevereiro, os ganhos dos trabalhadores subiram menos do que o esperado, sugerindo que a inflação permanece contida. Nesta manhã, o juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,562% ao ano, com recuo de 0,49%; o dólar permanece estável frente ás principais moedas, enquanto o futuro do índice de ações S&P 500 registra discreta queda (-0,05%), no momento.

No mercado de petróleo, os futuros operam em baixa nesta manhã, ampliando as perdas da semana passada, em função da percepção de que os aumentos na produção nos EUA ameacem os esforços da Opep para conter o excesso da oferta da commodity. No momento, o contrato futuro para entrega em abril do WTI é negociado a US$ 48,44/barril, com queda de 0,11%.

No Brasil, fatores políticos devem continuar dividindo as atenções com o ambiente global, de olho na reunião do Fed na quarta-feira e nos dados chineses que serão conhecidos ao longo da semana. A esperada divulgação da "lista do Janot", com denúncias contra ministros e aliados do governo Temer deve concentrar as atenções, neste início da semana. A Bovespa deve acompanhar suas congêneres em Nova York, de olho nas decisões do Fed. O dólar deve continuar oscilando próximo de R$ 3,15/US$ no curto prazo, atento a sinalização do Banco Central sobre a rolagem dos swaps que vencem em abril. No mercado de juros futuros, o aumento dos riscos às reformas podem impedir a consolidação das apostas do mercado no corte de 1p.p. na Selic em abril.

Topo