Hoje na Economia 06/12/2016

Hoje na Economia 06/12/2016

Edição 1658

06/12/2016

Investidores rapidamente absorveram a derrota do governo italiano no referendo de domingo. Voltam a focar na economia americana, de olho na política monetária. O setor de serviço mostrou forte expansão em novembro, conforme mostrou o índice de gerente de compras, divulgado ontem. Ganha força o cenário de um crescimento econômico robusto, nos próximos meses. Os investidores voltam suas atenções para a reunião de política monetária do Fed, nos próximos dias 13 e 14. Embora uma alta de juros neste mês esteja precificada, os investidores ficarão atentos a sinais de quantas vezes o Fed poderá elevar as taxas ao longo de 2017.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam, em sua maioria, em alta, com a diminuição dos temores sobre a instabilidade política na Europa, após o referendo italiano. A bolsa de Tóquio, captada pelo índice Nikkei, fechou com ganho de 0,47%, apagando parte da perda de 0,82% do pregão anterior. O dólar é negociado a 113,92 ienes, subindo em relação à cotação de 113,84 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto contabilizou perda de 0,16%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,75%.

Na Europa, o euro voltou a se valorizar ante a moeda americana, recuperando-se da queda provocada pelo primeiro impacto decorrente do resultado do referendo na Itália. No momento, a moeda comum troca de mãos a US$ 1,0771, ante US$ 1,0762 no fim da tarde de ontem. No mercado de ações, predominam altas moderadas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra avanço de 0,21%. Em Londres, o FTSE100 oscila em torno da estabilidade. Em Paris, o CAC40 sobe 0,20%; em Frankfurt, o DAX tem valorização modesta de 0,19%.

Nos EUA, o índice futuro de ações S&P 500 opera sem direção clara, oscilando em torno da estabilidade. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,376% ao ano, com ligeiro recuo ante 2,40% ao ano, observado ontem de manhã. O dólar index não mostra grandes oscilações, mantendo-se pouco acima de 100,0 pontos, à semelhança dos últimos cinco dias.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 51,17/barril, com queda de 1,20%, realizando parte dos ganhos acumulados desde quarta-feira passada, quando a Opep fechou acordo de redução conjunta da produção. O índice Geral de Commodities Bloomberg perde 0,31%, nesta manhã, mas o destaque de alta são os metais básicos que tem valorização de 2,47%.

O afastamento do senador Renan Calheiros da presidência do Senado ocorre em má hora: o governo contava com ele para aprovação em 2º turno da PEC dos gastos no Senado. Seu afastamento, por sua vez, ofuscou a apresentação da reforma da Previdência, que já nasce em meio à ampla oposição das centrais sindicais, inclusive daquelas que estavam apoiando o governo. O BC divulga a ata do Copom. Diante de crescente unanimidade entre economistas e investidores cobrando postura agressiva do Copom, rápida redução da Selic, aumenta o interesse nos argumentos, contidos na ata, que respaldem o atual ritmo na condução da flexibilização da política monetária.

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