Hoje na Economia 23/11/2016

Hoje na Economia 23/11/2016

Edição 1649

23/11/2016

Um clima mais otimista em relação à recuperação da economia mundial, capaz de suportar o movimento de alta dos juros americanos, e petróleo sustentando os ganhos recentes animam os investidores, mantendo elevado o apetite ao risco.

Na Europa, mercado de ações mantém o rally dos últimos dias, atingindo o maior patamar das últimas quatro semanas. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com alta moderada (+0,11%), no momento. A bolsa de Londres registra valorização de +0,58%; enquanto os índices da bolsa de Paris e de Frankfurt flutuam em torno da estabilidade. O euro é negociado a US$ 1,0602 recuando de US$ 1,0625 de ontem à tarde. Indicadores divulgados mostram que a atividade econômica do bloco expandiu em ritmo mais forte ao longo de novembro. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro subiu a 54,1 em novembro, de 53,3 em outubro, atingindo o maior nível em 11 meses.

O índice futuro de ações norte-americano, S&P 500, opera com alta de 0,10%, nesta manhã, sinalizando que a tendência de alta das ações americanas deve continuar, mesmo após os índices terem atingido níveis recordes de alta no dia de ontem (pela primeira vez, o índice Dow Jones Industrial Average ultrapassou os 19 mil pontos). O juro do T-Bond de 10 anos situa-se em 2,30% ao ano, com queda de 0,54%, enquanto o índice DXY mostra que o dólar sustenta a valorização observada diante das principais moedas, nas últimas semanas. Hoje será divulgada a ata da reunião do Fomc, ocorrida antes das eleições presidenciais. Os argumentos contidos no documento devem reforçar o que o mercado já dá como certo: o Fed deve subir os juros em 0,25 ponto percentual, na reunião de política monetária que ocorre em 14 de dezembro.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecham sem direção única, neste dia em que os mercados japoneses permaneceram fechados por conta de feriado. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific encerrou esta quarta-feira com alta de 0,70%. Na China continental, mercados de ações terminaram a sessão com leve baixa. O Xangai Composto recuou 0,22%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou estável. As moedas asiáticas, em geral, mantiveram a recente fraqueza ante o dólar, tendência iniciada desde a vitória de Donald Trump, sugerindo que os investidores estrangeiros continuam transferindo recursos da região para ativos dos EUA.

No mercado de petróleo, os contratos futuros do produto tipo WTI são negociados a US$ 48,18/barril, no momento, flutuando em torno desse nível sem definir tendência, enquanto se espera por mais novidades antes da reunião da Opep, no próximo dia 30.

Na agenda doméstica, o destaque será a divulgação do IPCA-15 de novembro, que deverá acelerar o ritmo de alta, reforçando as apostas em corte menor da Selic na reunião do Copom, na próxima semana. Segundo as projeções do mercado, o IPCA-15 deve subir para 0,28%, de 0,19% em outubro. Pelo lado político, a crise dos Estados se aprofunda, levando o governo Temer a aceitar a divisão com os governadores da multa da repatriação.

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