Hoje na Economia 07/11/2016

Hoje na Economia 07/11/2016

Edição 1638

07/11/2016

No final de semana, o diretor do FBI fez um pronunciamento dizendo que as investigações reabertas há uma semana sobre o uso do e-mail pela candidata Hillary Clinton não revelaram atividades criminosas. Os mercados financeiros estão subindo com essa notícia, reagindo à menor chance de Donald Trump ser eleito.

Na Ásia, o índice MSCI Ásia Pacífico subiu 0,5%. Houve alta em todos os índices de ações, com avanço de 1,61% no Nikkei225 do Japão, 0,26% na bolsa de Xangai e 0,70% na bolsa de Hong Kong. O iene se desvaloriza -1,33% no momento, cotado a ¥/US$ 104,50, após ter se valorizado na semana passada por ser considerado refúgio seguro (e também porque agora aumentam as chances de alta de juros nos EUA). O Yuan, por sua vez, se depreciou 0,29% antes da divulgação do dado de reservas internacionais na China (que ficaram abaixo do esperado, em US$ 3,12 tri).

Na Europa, as bolsas estão em alta com a menor aversão ao risco da eleição americana. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 1,18%, com avanço de 1,31% no FTSE de Londres, 1,82% no CAC40 de Paris e 1,67% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando, pelo mesmo motivo que o iene, -0,68%, cotado a US$/€ 1,1065. Na Zona do Euro, o indicador de confiança Sentix veio acima do esperado (13,1 contra 8,6) em novembro e as vendas no varejo de setembro ficaram ligeiramente acima da expectativa.

Os preços de commodities estão em alta, com a menor aversão ao risco no mundo. O índice geral da Bloomberg sobe 0,64%, enquanto o petróleo tipo WTI sobe 1,45%, cotado a US$44,70/barril.

Nos EUA, os juros futuros estão em alta. Uma vitória de Donald Trump poderia levar a economia mundial a uma trajetória de crescimento menor (com as medidas de guerra comercial que ele propõe), o que faria o FED ser mais cauteloso em subir juros. Uma vitória de Hillary Clinton, que parece mais provável agora, aumenta as chances de aumento de juros na reunião de dezembro, que agora estão em 76%. O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se sobe para 1,815% ao ano, enquanto o índice futuro de ações S&P 500 registra alta de 1,50%. O dólar está se apreciando no índice DXY (+0,62%), influenciado pelo movimento contra moedas de países desenvolvidos (reversão da fuga para refúgios seguros). Contra moedas de países emergentes, como o peso mexicano, ele está se depreciando.

O Brasil deve ser beneficiado pelo movimento de diminuição de aversão ao risco nos mercados globais. A bolsa brasileira deve ter alta, enquanto o real deve se apreciar. Os juros futuros devem ter queda, ajudados pela apreciação cambial. Nesta semana sairão indicadores importantes de inflação, como o IPCA e o IGP-DI, além das vendas do varejo de setembro.

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