Hoje na Economia 04/11/2016

Hoje na Economia 04/11/2016

Edição 1637

04/11/2016

As preocupações decorrentes das incertezas acerca das eleições presidenciais americanas continuam contaminando os mercados, que hoje também se preocuparão com a divulgação do relatório de emprego dos EUA, as 10h30. Segundo as projeções do mercado, a economia americana criou 173 mil empregos em outubro, superando os 156 mil criados no mês anterior. Esse resultado manterá a média mensal dos últimos seis meses em 170 mil, inferior à observada no 2º semestre de 2016 (230 mil), mas coerente com uma economia em que a taxa de desemprego deve ficar em 4,9% em outubro.

Esses números respaldam a avaliação do Fed de virtual pleno emprego apresentado pelo mercado de trabalho americano, reforçando o cenário de ajuste iminente da política monetária. Os contratos de juros futuros precificam probabilidade ligeiramente superior a 70% de o Fed voltar a subir os juros na próxima reunião do Fomc, em dezembro. O dólar operou com leve viés de alta em relação a outras moedas, como iene, o euro e a libra, ao longo da madrugada. No momento o dólar é cotado a 102,98 ienes, contra 102,90 no fim da tarde de ontem, enquanto o euro recuava a US$ 1,1103 de US$ 1,1110 ontem; e a libra se mantinha praticamente estável (US$ 1,2462). O dólar também se fortaleceu frente a divisas emergentes, como lira turca e o rublo russo e moedas ligadas a commodities.

O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se estável em 1,796% ao ano, enquanto o índice futuro de ações S&P 500 registra discreta alta (+0,04%).

Na Europa, o índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com queda de 0,83% no momento, podendo fechar a semana com a maior perda acumulada desde fevereiro. Principais bolsas de ações da região operam no vermelho: Londres -1,07%; Paris -0,67% e Frankfurt -0,81%.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, com os investidores demonstrando cautela antes da publicação de novos dados do mercado de trabalho norte-americano e à espera da eleição presidencial dos EUA, na próxima semana. O índice MSCI Asia Pacific teve desvalorização de 0,9%. Na bolsa de Tóquio, após o feriado de ontem, o índice Nikkei registrou queda de 1,34%, acumulando perda de 3,1% na semana. Na China o índice Xangai Composto apresentou queda moderada (-0,12%). Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve recuo de 0,18%.

No mercado de petróleo, os contratos futuros do produto tipo WTI, para entrega em dezembro, são negociados a US$ 44,63/barril, com desvalorização de 0,09%, nesta manhã, refletindo a cautela que predomina no mercado diante do ceticismo de que a Opep conseguirá chegar a um acordo final para reduzir sua produção até o fim deste mês, quando fará uma reunião de cúpula.

Predomina nos mercados internacionais o consenso de que o Fed voltará a subir a taxa básica de juros em sua reunião de dezembro e a payroll que será divulgada hoje não mudará esse fato. Mas uma eventual vitória de Donald Trump na próxima semana pode mudar tudo. A aversão ao risco predominará, afetando negativamente a Bovespa, favorecendo a alta do dólar e a abertura de prêmios nos contratos mais longos dos juros futuros.

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