Hoje na Economia 25/10/2016

Edição 1630

25/10/2016

Certo otimismo comanda os negócios, nesta terça-feira, sustentado por resultados corporativos positivos, acima do esperado pelos analistas, bem como pelo maior dinamismo econômico mostrado por indicadores divulgados, ontem, nos EUA e Europa.

O dólar se fortaleceu ao longo da sessão asiática, derrubando o iene bem como a moeda chinesa. As autoridades chinesas acentuaram a desvalorização do yuan em relação a moeda americana, buscando compensar o movimento de valorização do dólar nos últimos dias. Em que pese as preocupações dos investidores ante a perspectiva de maior desvalorização o yuan, a bolsa de Xangai fechou o dia com alta modesta (+0,12%), enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong, apurou perda de -0,17%. No Japão, o enfraquecimento do iene beneficiou as ações das exportadoras, levando o índice Nikkei a fechar o pregão contabilizando valorização de 0,76%. O dólar é negociado a 104,43 ienes, contra 103,89 ienes ontem de manhã. Os mercados asiáticos, de forma geral, fecharam em alta, tendo o índice MSCI Asia Pacific registrado variação de +0,40%.

Os dados positivos de atividade industrial, divulgados ontem nos EUA, reforçaram expectativas de que o Fed irá de fato voltar a elevar os juros na reunião de política monetária de dezembro, o que fortaleceu o dólar ante as principais moedas e colocou o yield do T-Bond de 10 anos em 1,763% ao ano, contra 1,726% de ontem antes da divulgação do PMI-manufatura de outubro. O índice futuro de ações opera com alta de 0,23%, nesta manhã.

Na Europa, o otimismo com balanços mostrando lucros acima dos projetados pelo mercado (analistas, que projetavam lucros recuando, em media, 1,5% no 3º trimestre, projetam agora variação próxima de 0%) e maior dinamismo econômico revelado pelos indicadores dos gerentes de compras divulgados ontem, impulsionam os mercados acionários da região. O índice STOXX600 opera com valorização de 0,27%. Em Londres o FTSE100 sobe 0,44%; em Paris O CAC40 avança 0,27%; em Frankfurt, o DAX registra valorização de 0,45%, no momento. O euro troca de mãos a US$ 1,0890, mesmo patamar apresentado ao longo do dia de ontem.

Os contratos futuros do petróleo tipo WTI, para entrega em dezembro, sobem 0,46%, sendo negociado a US$ 50,76/barril. O índice de Commodity da Bloomberg sobe 0,62%, nesta manhã, com destaque para metais básicos (+0,56%); agrícolas (+0,40%) e energéticas, que recuam 0,20%.

Na agenda doméstica, destaque para a divulgação da ata do Copom da semana passada (8h30), que deverá deixar a porta aberta para um novo corte de 0,25 ponto percentual ou acelerar para redução de 0,50 pp. As 15hs terá início a sessão, na Câmara dos Deputados, para votar em segundo turno a PEC dos gastos públicos, que precisa de 308 votos para passar. No câmbio, expectativa de estabilidade para o dólar, após o anúncio de que o BC não pretende rolar os contratos de swap cambial que vencem em 1º de novembro. Decisão interpretada como uma maneira de atenuar os efeitos da repatriação sobre o câmbio doméstico.