Hoje na Economia 30/09/2016

Hoje na Economia 30/09/2016

Edição 1614

30/09/2016

Em um ambiente internacional de forte aversão ao risco, investidores procuram porto seguro em títulos soberanos de economias avançada em meio à queda de ações na Ásia e Europa. Temores com a situação do Deutsche Bank voltaram a ganhar força, após terem derrubado as bolsas de Nova York ontem à tarde.

Reflexo das quedas dos preços do petróleo e acompanhando as perdas das bolsas americanas no dia de ontem, mercados de ações na Ásia fecharam em sua maioria em baixa. O índice MSCI Asia Pacific encerrou a sessão desta sexta-feira com queda de 1,0%, com as ações de bancos explicando mais de um terço da queda. No Japão, os bancos japoneses compartilham muitos dos problemas apresentados pelos europeus, como baixo crescimento econômico, juros próximos de zero ou mesmo negativos, reduzindo a margem de rentabilidade do setor. O índice Nikkei encerrou o pregão com queda de 1,46%. O dólar é negociado a 101,16 ienes, nesta manhã, contra 101,07 ienes no fim da tarde de ontem. Na China, com os investidores se preparando para os feriados da próxima semana, o índice Composto de Xangai fechou em alta de 0,21%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve desvalorização de 1,86%.

Na Europa, o índice STOXX600 registra perda de 0,95% no momento. Em Londres, o FTSE100 opera com queda de 1,01%; em Paris o CAC40 registra desvalorização de 1,37%; em Frankfurt o DAX cai 1,08%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,1177, recuando frente à US$ 1,1220 de ontem à tarde. A inflação ao consumidor para a região do euro teve alta anual de 0,4% em setembro (0,2% em agosto), a maior desde outubro de 2014. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou em 10,1% em agosto, o quinto mês consecutivo neste patamar.

No mercado americano, o índice futuro de ações S&P 500 registra queda de 0,13%, nesta manhã. O juro pago pela Treasury de 10 anos cai 0,99%, situando-se em 1,544% ao ano, enquanto o dólar sobe frente às demais moedas, sendo que mais acentuadamente diante das moedas emergentes. Na agenda econômica, serão conhecidos os dados de agosto sobre renda e gastos pessoais, que devem ter subido 0,2% e 0,1%, MoM respectivamente, segundo as projeções do mercado. A inflação medida pelo deflator dos gastos pessoais (PCE) deve mostrar alta mensal de 0,2%, acumulando avanço de 0,9%, em termos anuais.

Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, refletindo movimento de realização de lucros, após a alta de 7% nas duas sessões anteriores em reação á decisão da Opep de reduzir sua produção. O petróleo tipo WTI para novembro é negociado a US$ 47,26/barril, com queda de 1,21%, no momento.

Os ativos brasileiros devem refletir o clima de maior aversão ao risco prevalecente nos mercados internacionais por conta da crise envolvendo o Deutsche Bank. Devem também ser influenciados pelos efeitos dos dados sobre consumo, renda e inflação que serão divulgados nos EUA, que podem mexer principalmente com o câmbio. Internamente, a divulgação da taxa de desemprego de agosto (11,7% pelo consenso) e o resultado primário do setor público (déficit de R$ 22,2 bilhões em agosto) não devem arranhar o otimismo com os avanços da PEC dos gastos no Congresso.

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