Hoje na Economia 06/09/2016

Hoje na Economia 06/09/2016

Edição 1597

06/09/2016

Mercados mundiais continuam operando com elevado apetite ao risco, mesmo com alguns dos principais índices de ações internacionais batendo recordes de alta. A liquidez mundial permanece abundante, ao mesmo tempo em que cresce a percepção de que o Fed deve adiar novamente a alta de juros.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações opera em torno da estabilidade, no momento, mantendo-se próximo ao mais elevado nível dos últimos oito meses. Demais mercado, destaque para Londres, onde o índice de ações FTSE100 recua 0,28%. Demais operam em alta: em Paris, CAC40 +0,10%; em Frankfurt, o DAX +0,25%. Os investidores, no entanto mostram certa cautela, enquanto aguardam a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. Com a inflação próxima de zero e perspectivas de efeitos negativos decorrentes do Brexit, investidores esperam que sejam anunciadas medidas que reforcem o atual programa de compra de ativos do BCE. O euro troca de mãos a US$ 1,1168, subindo 0,18%, refletindo a forte desvalorização global do dólar, que prevalece nesta manhã.

Na Ásia, os maiores mercados fecharam em alta. O índice MSCI Asia Pacific teve valorização de 0,70%. No Japão, a bolsa de Tóquio encerrou o dia com alta moderada. O índice Nikkei subiu 0,26%, sustentado por ações do setor financeiro, refletindo o pronunciamento do presidente do Banco do Japão (BoJ) em que admitiu rever a política de juros negativos, que tem resultados em prejuízos aos bancos. O iene reverteu as perdas do dia anterior, se valorizando 0,16% ante a moeda americana, que é negociada a 103,26 ienes, contra 103,45 ienes da cotação de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,61%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong teve valorização de 0,58%.

Nos EUA, o dólar recua frente às principais moedas, bem como ante as emergentes, pelo segundo dia consecutivo. O índice DXY encontra-se em 95,600 pontos, no momento, recuando 0,27%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos, da mesma forma que outros títulos soberanos de economias avançadas de mesma duração, recua, situando-se em 1,599% ao ano (-0,21% no momento). O índice futuro de ações S&P 500 sobe 0,15%, nesta manhã.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do tipo WTI para entrega em outubro registra alta de 0,97%, com cotação de US$ 44,86/barril. Ainda reflexo do suposto acordo entre Arábia Saudita e Rússia para limitar a produção da commodity. O índice Geral de Commodity da Bloomberg registra valorização de 0,22%, por conta, principalmente, de metais preciosos (+1,24%) e commodities energéticas (+2,19%).

Mercado de ações doméstico deve seguir a tendência de alta ditada pelos seus congêneres internacionais. Mas a cautela deve estar presente diante do feriado nacional de amanhã, quando o destaque internacional será a divulgação do Livro Bege nos EUA, com poder de mexer com os mercados. Hoje, as 8h30, será divulgada a ata da reunião do Copom realizada na semana passada, onde se espera por indicações sobre as chances de corte da Selic na próxima reunião, em outubro.

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