Hoje na Economia 10/08/2016

Hoje na Economia 10/08/2016

Edição 1578

10/08/2016

Os bons números sobre o mercado de trabalho, divulgados nos EUA na sexta-feira, apontando para um maior dinamismo econômico neste terceiro trimestre, não foram suficientes para alterar o cenário predominante no mercado, que atribui probabilidade maior do que 50% para a próxima alta do juro americano ocorrer somente em 2017.

A percepção de um Fed sem pressa para prosseguir com o ajuste monetário empurra o dólar para novos níveis de baixa e derruba os yields das Treasuries. O índice DXY situa-se em 95,596 pontos, nesta manhã, sinalizando queda de 0,60% para o dólar frente a uma cesta de moedas. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,537% ao ano, com queda de 0,67%. O índice futuro do S&P 500 opera com ligeira alta: +0,05%.

Na Europa, o índice STOXX600 registra queda de 0,25%, refletindo os efeitos do recuo dos preços do petróleo sobre as ações das empresas relacionadas à energia. Na França, o índice CAC40 recua 0,34%, refletindo os fracos números sobre a produção industrial em junho divulgados nesta manhã, Em Londres, o FTSE100 perde 0,20%, enquanto em Frankfurt o DAX recua 0,47%. O euro troca de mãos a US$ 1,1172, pouco acima da cotação de US$ 1,1115 de ontem à tarde.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam perto da estabilidade, sem direção única, em meio à retomada da fraqueza do petróleo e à espera dos indicadores de indústria, comércio e investimentos que serão divulgados na China, nesta noite. Na China, o índice Xangai Composto fechou com queda de 0,23%, após ter encerrado o pregão anterior no maior nível em duas semanas. Em Hong Kong, o Hang Seng teve valorização marginal de 0,12%. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em baixa de 0,18%, num mercado volátil, onde predominaram expectativas de que o Banco do Japão (BoJ) compraria ETFs, o que acabou não acontecendo, mas evitou uma queda maior do índice de ações. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 101,32 ienes, com a moeda japonesa se valorizando cerca de 0,60%, no momento.

No mercado de petróleo, os contratos futuros do WTI para entrega em setembro, recuam nesta manhã, para US$ 42,23/barril, com queda de 1,29%. O índice Geral de Commodity da Bloomberg opera em alta de 0,25%, com destaque para metais preciosos (+0,37%).

O Senado votou favoravelmente (59 votos a favor) a continuidade do impeachment praticamente, selando o afastamento da presidente Dilma daqui a duas semanas. Na Câmara, o governo sofreu dura derrota. Teve que recuar em item considerado "inegociável" para não ser derrotado no projeto de renegociação da dívida dos Estados. Crescem as dúvidas sobre o apoio da base aliada às medidas do ajuste fiscal.

Na agenda econômica, será divulgado o índice oficial de inflação do mês de julho, que deverá mostrar alta de 0,45% no mês e 8,66% no acumulado em um ano, segundo o consenso do mercado.

Topo