Hoje na Economia 29/06/2016

Hoje na Economia 29/06/2016

Edição 1548

29/06/2016

O otimismo toma conta dos investidores, favorecendo os ativos de maior risco, em meio a especulações de que os governos não evitarão esforços, monetários ou fiscais, para assegurar o crescimento mundial em meio aos riscos decorrentes da saída do Reino Unido da União Europeia.

Na Ásia, mercados fecharam majoritariamente em alta. O índice MSCI Asia Pacific registrou valorização de 1,8%, no pregão desta quarta-feira. No Japão, o Primeiro Ministro, Shinzo Abe, afirmou que seu governo adotará as medidas necessárias para impedir os efeitos negativos do Brexit. O índice Nikkei teve valorização de 1,59%, com investidores em busca de pechinchas. No mercado de câmbio, o dólar recuou para a cotação de 102,65 ienes de 102,75 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto fechou com alta de 0,65%. O Hang Seng de Hong Kong subiu 1,31%, no pregão de hoje.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações subia 2,43%, nesta manhã, impulsionado por ações de mineradoras e empresas de energia, refletindo a menor preocupação com os efeitos do Brexit. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 2,55%; o CAC40 de Paris avança 2,77%; o DAX de Frankfurt ganha 1,93%, no momento. O euro troca de mãos a US$ 1,1096, com valorização de 0,26%, no momento.

No mercado americano, juro pago pela Treasury de 10 anos recua 0,69%, nesta manhã, situando-se em 1,456% ao ano. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, encontra-se em 96,009 pontos, perdendo 0,19%. O índice futuro de ações S&P 500 opera em alta de 0,45%, no momento. Na agenda econômica, destaque para a divulgação dos dados de renda e gastos pessoais de maio, que, segundo o consenso do mercado, devem mostrar certa perda de dinamismo, em linha com o enfraquecimento do mercado de trabalho nos meses recentes. O enfraquecimento dos fundamentos do consumo, principal motor do crescimento econômico americano, acentua a perda de dinamismo da economia, que ao lado do Brexit, deve reforçar o cenário de postergação da alta dos juros básicos americanos.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 48,41/barril, com valorização de 1,17%. Principais commodities também operam em alta: metais básicos +0,73%; agrícolas +0,96%.

No mercado doméstico, a Bovespa deve ser contagiada pelo otimismo externo, mantendo a tendência de valorização, acompanhando os demais mercados acionários globais. A perspectiva de liquidez internacional elevada e o otimismo em relação à agenda econômica doméstica mantém a possibilidade de a taxa de câmbio permanecer em patamares mais valorizados do que o esperado anteriormente. No mercado de juros, a curva de DIs futuros deve seguir se ajustando ao discurso mais conservador do Banco Central, afastando a possibilidade de cortar juros no curto prazo.

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