Hoje na Economia 11/04/2016

Edição 1493

11/04/2016

Mercados iniciam a semana com um tom mais positivo na Europa e na China, com menor aversão ao risco.

Na Ásia, a bolsa do Japão teve queda de -0,44%, com o recuo se devendo à percepção de que a política econômica do premiê Abe não está surtindo mais efeito. O iene segue se valorizando há dias, tendo se apreciado 0,13% hoje, cotado a ¥/US$ 108,21, e afetando negativamente a bolsa. Os pedidos de máquinas de fevereiro apresentaram forte recuo, de -9,2% M/M. A bolsa de Xangai, por sua vez, teve alta de 1,6%, com dados melhores de inflação ao produtor (que veio menos negativo que esperado na comparação A/A, -4,3% contra -4,6%, e com a primeira variação positiva M/M em 26 meses). O índice MSCI Ásia Pacífico, dessa forma, teve queda de -0,1%.

Na Europa, ações de bancos, energia e produtores de commodities puxam a altano dia de hoje. O índice STOXX600 registra alta de 0,83%, no momento. Em Londres, o índice de ações FTSE100 sobe 0,14%: em Paris o índice CAC40 avança 0,78%; em Frankfurt o DAX se valoriza 1,28%. O euro está cotado a US$/€ 1,1391, depreciando 0,08%.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos está em alta, mas em patamar baixo, de 1,736%. O dólar mostra-se relativamente estável em relação às principais moedas, com ligeira queda de 0,07%, em especial em relação a moedas de países emergentes. No mercado de ações, os prognósticos apontam para um dia de alta, levando-se em conta de que o futuro do S&P 500 registra valorização de 0,44%, nesta manhã.

Os preços de commodities de forma geral sobem com o dado melhor de inflação na China. Há alta de 2,6% no preço do minério de ferro. O preço do petróleo, por sua vez, está em queda após o Iraque anunciar novo recorde de produção em março. Nesta semana ocorre reunião da OPEP, com nova tentativa de congelamento de produção nos níveis atuais. O preço do barril tipo WTI recua 0,25%, cotado a US$ 39,62.

As atenções do mercado financeiro brasileiro devem estar voltadas para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Hoje ocorrerá a votação do relatório na comissão do impeachment, sendo que notícias de jornais indicam que o governo já admite ser derrotado nessa votação, voltando suas forças para a votação no plenário da Câmara dos Deputados, que deve ocorrer dia 17 ou 21. A inflação medida pelo IGP-M 1º decêndio ficou acima do esperado, em 0,31% contra projeção de 0,23%, porém os juros futuros devem ter queda hoje, mais ligados ao noticiário político. A bolsa brasileira deve ter alta, enquanto o real deve se valorizar, sendo ajudados também pelo noticiário externo, com a melhora na China e nos emergentes.