Hoje na Economia 28/01/2016

Hoje na Economia 28/01/2016

Edição 1445

28/01/2016

Mercados da Ásia fecharam em baixa na sessão desta quinta-feira. Reflexo do aviso dado ontem pelo Fed, após sua reunião de política monetária, sobre os riscos que a atual turbulência mundial representa para economia americana, numa indicação de que o Fed deve moderar o processo de alta das taxas de juros.

O índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,5%, acumulando queda de 9,9% neste mês. As incertezas sobre a política monetária americana também levaram a bolsa de Tóquio a fechar em queda: o índice Nikkei apurou desvalorização de 0,71%. Na China, o índice Composto de Xangai perdeu 2,92% diante das expectativas de menores lucros corporativos decorrentes da desaceleração da economia. Esses temores superaram os efeitos da maior injeção de dinheiro no mercado financeiro chinês (cerca de US$ 52 bilhões) desde 2013, efetuada pelo banco central através de operações de mercado aberto. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com ganho de 0,75%.

Na Europa, a moderação do ajuste monetário americano mantém o euro valorizado. A moeda comum é cotada a US$ 1,0922, com valorização de 0,25% diante da divisa americana. No mercado de ações, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com queda de 0,22%. Em Londres, o FTSE100 tem valorização de 0,03%; em Paris o CAC40 sobe 0,14%; em Frankfurt, o índice DAX registra -0,18%.

Nos Estados Unidos, o índice futuro do S&P 500 registra valorização de 0,74% neste momento, alimentando expectativas positivas sobre o desempenho do mercado acionário americano, graças à divulgação de resultados empresariais positivos. O dólar recua frente a uma cesta de moedas representado pelo índice Bloomberg DXY, refletindo a cautela do Fed na normalização da política monetária. O yield da Treasury de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,0% ao ano.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 32,41/barril, com alta de 0,31%, nesta manhã, em movimento de ajuste técnico após as perdas de ontem. Demais commodities operam no vermelho, exceção de metais básicos que sobem 1,26%.

No Brasil, a Bovespa deve refletir o ambiente externo após a sinalização de moderação por parte do Fed na condução da política monetária, mas também deve refletir o noticiário político local, focado na nova fase da operação Lava Jato. Destaque também para a divulgação da ata da reunião do Copom da semana passada, que surpreendeu o mercado ao manter a Selic estável em 14,25% ao ano, aumentando a incerteza sobre a política monetária no curto prazo.

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