Hoje na Economia 05/01/2016

Hoje na Economia 05/01/2016

Edição 1429

05/01/2016

Após as fortes quedas de ontem, mercados mundiais buscam recuperação, mas sem muita convicção, preocupados com o baixo crescimento chinês e com os sinais de fraqueza emitidos pelos indicadores americanos de atividade industrial, divulgados ontem.

Na Ásia, as bolsas seguiram em baixa. O índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,4%. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei registrou perda de 0,42%, refletindo não só preocupações com a China, mas também com um iene mais forte. A moeda americana é comercializada a 119,18 ienes, perdendo cerca de 0,20%, no momento. Na China, apesar das ações do governo visando dar sustentação ao mercado de ações, as principais bolsas fecharam em queda. O índice Xangai Composto perdeu 0,26% no pregão de hoje, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong recuou 0,65%.

Na Europa, o índice STOXX600 busca se recuperar após a forte queda de ontem. No momento, mostra valorização de 0,31%. Principais bolsas da região também operam em alta: Londres +0,34%; Paris +0,06% e Frankfurt +0,11%. O euro troca de mãos a US$ 1,0790, perdendo cerca de 0,38% frente à moeda americana.

O futuro do índice de ações S&P 500 opera em baixa (-0,44%), nesta manhã, parecendo indicar que os mercados acionários americanos não deverão se recuperar das quedas de ontem, que foram motivadas, além das preocupações com a China, pelo resultado desapontador apresentado pelo ISM-manufatura de dezembro. O indicador mostrou que a atividade industrial americana permanece em contração pelo segundo mês consecutivo. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,234% ao ano, com queda de 0,40%. O dólar mostra ligeira valorização frente às principais moedas.

Os preços do petróleo não sustentaram a recuperação esboçada na sessão asiática, alimentada pelas tensões no Oriente Médio. Prevaleceram os fundamentos do mercado, marcado pelo excesso de oferta global em um cenário de demanda enfraquecida. No momento, o produto tipo WTI é negociado a US$ 36,68/barril, com queda de 0,19%.

Com uma agenda esvaziada em termos de indicadores econômicos e com o ambiente político em "banho-maria" devido ao recesso legislativo, o mercado doméstico de juros futuros e de câmbio acompanharão as tendências ditadas pelos mercados internacionais. A Bovespa pode oscilar sem tendência definida, com ligeiro viés de baixa. O dólar pode devolver parte dos ganhos de ontem, com a cotação voltando oscilar em torno de R$ 3,95/US$, enquanto os juros futuros devem flutuar em torno dos patamares atuais.

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