Hoje na Economia 16/11/2015

Hoje na Economia 16/11/2015

Edição 1398

16/11/2015

Mercados financeiros abrem o dia um pouco apreensivos com os ataques terroristas na França na sexta-feira, mas já mostrando sinais de que não irão ser afetados de forma permanente e que devem se recuperar rapidamente.

Na Ásia, as ações caíram, com o índice MSCI Ásia Pacífico recuando 1,1%, com queda de 1,0% no índice Nikkei225 do Japão, mas alta de 0,73% na bolsa de Xangai (com suspeita de intervenção do Banco do Povo da China na moeda e de autoridades estatais na compra de ações, para evitar que elas caíssem após o anúncio de mais medidas para evitar excessos com o "margin trading"). O iene está se depreciando contra o dólar, -0,22%, cotado a ¥/US$ 122,89, após ser divulgado o dado do PIB japonês, que veio abaixo do esperado (-0,2% T/T contra -0,1% esperado) e mostrou o país em recessão (dois trimestres consecutivos de contração).

Na Europa, as ações iniciaram o dia em queda com a apreensão em relação aos ataques terroristas, mas já estão em alta. O índice pan-europeu de ações STOXX600 sobe 0,32% no momento, com alta de 0,54% na bolsa de Londres, 0,13% na bolsa de Paris e 0,09% na bolsa de Frankfurt. O euro está se depreciando 0,51% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,0717.

O mercado de commodities mostra alta nos preços, com o índice geral da Bloomberg se elevando em 0,22%. Em especial o preço do petróleo está subindo de maneira forte, com o tipo WTI 0,96%, a US$ 41,12/barril, devido à maior intensidade de conflitos nas regiões produtoras.

Nos Estados Unidos, o futuro do S&P500 também iniciou o dia em queda, mas já sobe 0,25%. O dólar está ganhando valor contra as principais moedas, com o índice DXY subindo 0,12%. Hoje não sairão dados de muita importância (apenas o índice Empire State de manufatura do Fed de Nova Iorque), mas o destaque na semana deve ser a ata do FOMC, que deve dar pistas sobre se o FOMC subirá ou não os juros na reunião de dezembro.

No Brasil, o destaque na semana deve ser a divulgação do IPCA-15, que deve mostrar inflação ainda elevada. Além disso, do lado político, estão previstos avanços nas votações no Congresso dos vetos presidenciais e da DRU. O alívio político interno deve prevalecer sobre o aumento de aversão ao risco externo devido ao terrorismo, que já parece estar sendo superado, e isso pode ajudar os juros futuros a caírem um pouco mais hoje. O real, por sua vez, deve se depreciar levemente contra o dólar, acompanhando outras moedas de países exportadores de commodities. A bolsa brasileira deve cair, com a percepção de maiores danos no desastre de mineração em Mariana levando a cálculos de maiores impactos sobre importantes companhias, além de reagir a resultados mais específicos de empresas.

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