Hoje na Economia 26/10/2015

Edição 1384

26/10/2015

Mercados financeiros alternam ganhos e perdas hoje, à espera da decisão sobre política monetária nos EUA e no Japão.

Na Ásia, as ações reagiram ao evento que ocorreu sexta-feira após o fechamento dos mercados, o corte de juros e de taxas de compulsórios na China. O Banco do Povo da China cortou a taxa de juros de empréstimos em 50 pb (de 4,60% para 4,35%) e de depósitos em 25 pb (de 1,75% para 1,50%). A taxa de compulsórios foi reduzida em 50 pb (de 18% para 17,5%), com os compulsórios de certas instituições tendo sua taxa reduzida em 50 pb adicionais. As ações na Ásia, de forma geral, subiram com isso, com o índice MSCI Ásia Pacífico avançando 0,5%. Houve alta de 0,50% na bolsa de Xangai e de 0,65% no índice Nikkei225 de Tóquio. O iene está se apreciando contra o dólar, 0,33%, cotado a ¥/US$ 121,06. Nesta semana ocorrerá a reunião do BOJ, havendo algumas apostas de aumento de estímulos.

As ações europeias já haviam reagido ao dado da China na sexta-feira, tendo alta considerável no dia. Hoje elas recuam ligeiramente, com o índice pan-europeu de ações STOXX600 operando em queda de -0,13%. A bolsa de Londres cai -0,18%, a de Paris -0,54% e a de Frankfurt sobe 0,29%. O euro está se apreciando contra o dólar, após perder bastante valor na semana passada com a expectativa de mais estímulo monetário na Zona do Euro. Ele agora se aprecia 0,12%, cotado a US$/€ 1,1032.

Nos Estados Unidos, os índices futuros de ações operam sem direção única, com o Dow Jones subindo 0,37% e do S&P500 recuando 0,16%. O dólar opera em baixa frente às principais moedas (índice DXY: -0,23%), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,078% ao ano. Nesta semana ocorrerá a reunião do FOMC, e a expectativa é de manutenção das taxas de juros. A chance de alta na reunião de dezembro subiu em relação à semana passada, devido ao corte de juros na China, mas ainda é baixa (36% contra 32%). A chance de alta da reunião desta semana é quase nula (6%).

No mercado de commodities, o índice Bloomberg Commodity sobe 0,13%, com as commodities não tendo direção única. O preço do barril de petróleo tipo WTI sobe 0,67%, cotado a US$ 44,89/barril.

No Brasil, já saiu o dado de confiança do consumidor da FGV de outubro, que novamente caiu e atingiu nova mínima histórica. Nesta semana sairão dados de IGP-M e de resultado primário, mas a segunda-feira não terá nenhuma divulgação de dado importante. O governo deve mandar sua nova meta de orçamento para 2015 esta semana, devendo ter déficit primário de pelo menos R$ 70 bi, senão maior (algumas fontes falam em mais de 1,2% de PIB de déficit caso todas as pedaladas sejam pagas). Os juros futuros devem seguir em ligeira alta hoje, enquanto a bolsa deve ter um dia de pequena alta, com a ligeira diminuição de aversão ao risco no mundo. O real deve se valorizar diante do dólar, acompanhando outras moedas de países exportadores de commodities.