Hoje na Economia 07/10/2015

Hoje na Economia 07/10/2015

Edição 1373

07/10/2015

Em um dia sem muitas novidades na agenda econômica mundial, mas motivados pela percepção de que os principais bancos centrais continuarão mantendo políticas estimulativas apara assegurar o crescimento global, os investidores elevam seu apetite por ativos com maior risco, favorecendo os ganhos para os mercados de ações, commodities e petróleo.

Na Europa, o avanço das commodities impulsiona as ações das mineradoras e empresas de energia, levando o índice STOXX600 a registrar alta de 0,51%. Principais praças da região também apresentam bolsas em alta: Londres +0,36%; Paris +0,50% e Frankfurt + 0,91%. O euro troca de mãos a US$ 1,1239, com perda de 0,30% frente à moeda americana.

Nos Estados Unidos, o dia promete ser favorável ao mercado acionário, levando-se em conta que os índices futuros das bolsas S&P e D&J registram valorizações de 0,56% e 0,69%, respectivamente, nesta manhã. O dólar não mostra ganhos significativos, mantendo com ligeira alta frente às principais moedas, enquanto perde frente a importantes moedas de países emergentes. Na renda fixa, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,10% ao ano. Hoje será divulgada a ata da reunião do Fomc ocorrida no mês passado. O documento, apesar do seu "envelhecimento" precoce, mantém a sua importância ao possibilitar o entendimento da visão do comitê sobre a possível transmissão dos efeitos da desaceleração da China para economia americana, bem como a disposição dos seus membros em postergar o início da normalização de juros para o próximo ano.

Na Ásia, a valorização das commodities, principalmente as relacionadas à energia, levaram o índice regional a fechar a sessão no maior nível em seis semanas. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com valorização de 2,1%. Em Tókio, o índice Nikkei encerrou a sessão desta quarta-feira em alta de 0,75%, liderada pela recuperação das ações do setor de energia. Favoreceu também a expectativa de que a política monetária acomodatícia será mantida no Japão como nos EUA. Na China, Xangai permanece fechada pelos feriados, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng se valorizou 3,13%.

Os preços do barril do petróleo voltam a se aproximar dos US$ 50, impulsionados pelo avanço das commodities em geral, dado o ambiente de baixas taxas de juros internacionais, como também pela redução inesperada dos estoques americanos de óleo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 49,47/barril, com alta de 1,92%. O índice Bloomberg de Commodity registra valorização de 0,50%, no momento.

No front doméstico, a Bovespa continuará dividida entre a influência externa, favorecida pelo apetite ao risco que predomina nos mercados hoje, e as tensões diante da crise política. Hoje o cardápio da crise é rico: possível votação dos vetos à chamada "pauta bomba"; provável rejeição das contas fiscais de 2014 pelo TCU e abertura de processo contra a chapa Dilma/Temer pelo TSE. Na renda fixa, será divulgado o IPCA de setembro (consenso: 0,52%), que poderá influenciar a formação dos juros futuros dos contratos mais curtos. O desempenho moderado do dólar e das Treasuries devem resultar em baixas oscilações nas taxas dos vértices longos da curva.

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