Hoje na Economia 22/09/2015

Hoje na Economia 22/09/2015

Edição 1363

22/09/2015

Investidores mostram-se um tanto desorientados antes os sinais confusos dados pelos membros do Fed. Ontem os presidentes dos Feds de St. Louis, Chicago e Atlanta afirmaram que as turbulências externas são passageiras e não impedirão que os juros americanos subam ainda este ano. Afirmações que contrariam o dito há uma semana por Janet Yellen, que colocou as incertezas com o cenário global, principalmente com a China, como impeditivo para o início do ajuste monetário, neste ano.

A incerteza gerada sobre os passos futuros da política monetária americana alimenta certa aversão ao risco neste dia, favorecendo os ativos considerados porto seguro, como os bonds alemães e o iene japonês.

As commodities recuam, empurrando para baixo as cotações das ações europeias relacionadas às mineradoras, levando as principais bolsas da região a operarem no terreno negativo. O índice STOXX600 perde 2,52% nesta manhã. Londres recua 2,25%, Paris se desvaloriza 3,05% e Frankfurt cai 2,75%. O euro é negociado a US$ 1,1163, com recuo de 0,25%.

O dólar, que vinha subindo ante as principais moedas na sessão asiática, mostra certa acomodação nesta manhã. O dólar índex flutua em torno da estabilidade, enquanto o juro do T-Bond de 10 anos recuou para 2,160% ao ano, com queda de 1,86%. O futuro do S&P500 opera no vermelho, com perda de 1,56%, no momento.

As bolsas da Ásia terminaram a sessão em alta, num dia em que mercados japoneses permaneceram fechados por conta de feriado. Repercutiram as declarações dos membros do Fed de que a taxa de juros de referência dos EUA pode subir ainda este ano, levando a um enfraquecimento das moedas asiáticas. O índice Xangai Composto liderou os ganhos dentre as bolsas da região, registrando alta de 0,92%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,18%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 45,68/barril, com queda de 2,14%. Demais commodities também operam no vermelho.

No mercado doméstico, o cenário político continuará alimentando a aversão ao risco, prejudicando a Bovespa e mantendo dólar e juros pressionados. O Congresso começa avaliar a chamada "pauta bomba", quando serão colocados em plenário os vetos que a Presidente Dilma colocou sobre diversas medidas, que se aprovadas agravariam ainda mais as já combalidas contas públicas. No front inflacionário, será divulgado o IPCA-15 de setembro, que segundo o consenso do mercado deverá mostrar inflação de 0,38% no mês, subindo em relação ao IPCA fechado de agosto, que ficou em 0,22%. Em doze meses, o IPCA-15 deverá registrar alta de 9,56%.

Topo