Hoje na Economia 16/09/2015

Edição 1359

16/09/2015

Mercados financeiros operam em alta hoje, em parte reagindo a dados melhores que esperados nos EUA ontem, em parte a notícias corporativas e rumores de estímulo na China.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 1,5%. A bolsa de Xangai teve forte alta no final do pregão, fechando em +4,89%, movimento que é associado à possibilidade de intervenção estatal nos mercados ou mais um pacote de estímulos. A bolsa do Japão também teve alta, com o índice Nikkei225 subindo 0,81%. O iene está basicamente estável diante do dólar hoje, depreciando 0,10%, cotado a ¥/US$ 120,54, após a agência de rating de risco S&P rebaixar a nota de longo prazo dos títulos soberanos para A+.

Na Europa, as bolsas operam também em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 1,16%. Há alta de 0,77% na bolsa de Londres, 1,17% na bolsa de Paris e 0,42% na bolsa de Frankfurt. Esses aumentos nas bolsas são impulsionados em especial por notícias corporativas de fusões. O euro está perdendo valor diante do dólar, recuando 0,44%, cotado a US$/€ 1,1220, após o dado de inflação de agosto mostrar variação de 0,1% A/A, mais baixo que a prévia (0,2%).

O preço das commodities está em leve alta hoje, com os rumores de alguma intervenção na China. O índice Bloomberg de commodities sobe 0,20%, sendo que há queda nas commodities agrícolas (em especial trigo, devido a chuvas), mas alta nas commodities de energia, como o petróleo. O petróleo tipo WTI está subindo 1,73%, com o preço a US$ 45,35/barril.

Os mercados futuros americanos estão em leve queda, com o S&P500 recuando 0,11%. O dólar está se valorizando diante de outras moedas, em especial dos países desenvolvidos, com o índice DXY subindo 0,20%. Os juros de 10 anos estão estáveis, após já terem subido bastante no dia de ontem (com o dado ainda forte de vendas no varejo), com a taxa a 2,285% a.a.. O mercado coloca agora uma possibilidade de 32% de alta nos juros americanos na reunião de amanhã, contra 28% dois dias atrás. Hoje sairão dados de inflação nos EUA, que podem impactar as treasuries e os mercados como os dados de atividade fizeram ontem.

No Brasil, hoje já saiu o IPC-S, que veio um pouco acima do esperado (0,28% contra 0,25%) e deve ser divulgado hoje o dado de vendas no varejo de julho, para o qual o mercado espera queda de -1,0% M/M e -3,8% A/A. Os dados econômicos domésticos devem ter menor impacto sobre os mercados hoje, que devem ser mais afetados pelo ambiente externo, chinês e americano em especial. A bolsa brasileira deve ter alta pelo cenário chinês, enquanto o real deve se valorizar diante do dólar. O cenário político doméstico deve seguir tendo impacto sobre os juros. Declarações de diversos políticos contrários ao pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo fazem com que a possibilidade de resolução da crise fiscal no curto prazo diminua. Os juros futuros devem seguir elevados no dia de hoje por conta disso.